MODELO EDUCACIONAL

Tarcísio diz que ‘não faz sentido’ serem contra as escolas cívico-militares

Segundo o governador, o projeto tem como objetivo criar um ambiente de maior segurança e disciplina, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino

Tarcísio diz que 'não faz sentido' serem contra as escolas cívico-militares
Governador do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) – Créditos: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a implementação de escolas cívico-militares em São Paulo durante a Conferência de Ação Política Conversadora (CPAC), em Balneário Camboriú (SC), neste sábado (6).

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Ele criticou as objeções à medida, sancionada em maio, que visa criar entre 50 e 100 escolas cívico-militares, transformando unidades existentes.

São Paulo aprovou a lei [das escolas cívico-militares], e tem gente que ataca isso. Como pode alguém ser contra as escolas cívico-militares? Não faz sentido isso”, disse o governador.

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O que são as escolas cívico-militares?

Segundo o governador, o projeto tem como objetivo criar um ambiente de maior segurança e disciplina, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino.

As escolas selecionadas para se tornarem cívico-militares serão escolhidas mediante critérios como índice de rendimento abaixo da média estadual, índices de vulnerabilidade e fluxo escolar, que inclui taxas de aprovação, reprovação e abandono. Esta seleção pretende priorizar as áreas mais necessitadas onde, segundo o governo, a introdução de disciplina militar poderia gerar melhores resultados educacionais.

Este modelo, no entanto, é opcional e requer adesão voluntária tanto das escolas quanto dos estudantes e suas famílias, frisou o governador. A ideia é complementar e não substituir completamente os sistemas educacionais já existentes em São Paulo.

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A gente coloca uma opção adicional no cardápio, as escolas cívico-militares, para criar um ambiente onde tenhamos mais segurança, onde possa desenvolver o civismo, fazer com que a disciplina seja o vetor da melhoria da qualidade de ensino. A adesão é voluntária. Ninguém vai ser obrigado a estudar em uma escola cívico-militar. Só vai quem quiser”, informou Tarcísio.

Apesar do apoio do governador, o projeto enfrentou oposição. PSOL e PT protocolaram ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a proposta, levando os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes a solicitarem explicações ao governo estadual e à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

As siglas preocupam-se com o que consideram um retrocesso educacional e uma eventual militarização do ambiente escolar, que poderia afetar negativamente a formação cívica e crítica dos estudantes paulistas.

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