ano epidemiológico

Casos de rinovírus e covid-19 crescem no país, aponta Fiocruz

O levantamento também aponta crescimento dos casos de SRAG em sete capitais: Aracaju, Brasília, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Salvador e São Paulo

Os casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em alta em Goiás, Bahia, Paraíba, Sergipe e São Paulo.
Crianças e adolescentes são os mais afetados pelo rinovírus – Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Os casos de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em alta em Goiás, Bahia, Paraíba, Sergipe e São Paulo. Em Goiás, a covid-19 é a principal responsável pelo aumento entre os idosos. Nos demais estados, o rinovírus é o maior causador de internações, especialmente entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (22) no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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O levantamento também aponta crescimento dos casos de SRAG em sete capitais: Aracaju, Brasília, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Salvador e São Paulo. Os dados referem-se à Semana Epidemiológica 33, que compreende o período de 11 a 17 de agosto.

No cenário nacional, os casos de SRAG apresentaram variações nas últimas seis semanas, com uma tendência de aumento nas últimas três semanas. Por outro lado, as ocorrências de SRAG causadas pelos vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A mostram queda em grande parte do país. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos positivos foi de 22,6% para VSR, 19,4% para Sars-CoV-2 (covid-19), 16,3% para influenza A e 1,8% para influenza B.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, a pesquisadora Tatiana Portela, do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, alerta para a necessidade de manter a vacinação em dia, especialmente para os grupos de risco, diante do aumento dos casos de covid-19.

Apesar dos casos de influenza A estarem diminuindo em todo o país, geralmente agora é a época em que a influenza B começa a aumentar. Por isso, é importante também que todos estejam em dia com a vacinação contra a influenza”, destaca Portela.

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No ano epidemiológico de 2024, foram registrados 115.152 casos de SRAG. Desses, 55.912 (48,6%) tiveram confirmação laboratorial, 45.477 (39,5%) apresentaram resultado negativo, e 7.499 (6,5%) ainda aguardam resultado. Entre os casos confirmados, 43,1% são atribuídos ao VSR, 19,1% à influenza A, 7,7% ao Sars-CoV-2 (covid-19) e 5% à influenza B.

Nas últimas oito semanas epidemiológicas, os extremos etários continuam sendo os mais afetados pela SRAG em termos de incidência e mortalidade. Entre crianças de até 2 anos, o VSR e o rinovírus são os principais agentes. Para os idosos com mais de 65 anos, a covid-19 já tem impacto comparável à influenza A em termos de incidência e mortalidade.

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