James Hamblin, médico e professor da Universidade de Yale, nos EUA, tomou uma decisão radical: ficar sem tomar banho. Um dia? Dois? Não… Oito anos!
Com a experiência, seu objetivo era claro: verificar os efeitos da higiene mínima na saúde da pele e no bem-estar de seu organismo. O que realmente acontece quando bactérias e micróbios proliferam diante da sujeira? E o odor corporal, como fica?
Oito anos sem banho
Em entrevista à BBC, Hamblin explica o que sentiu após decidir não tomar mais banho: ele explica que, com o tempo, o corpo fica mais acostumado: “a pessoa não cheira tão mal”, afirma. Neste sentido, explica, ainda que a pele não fica tão oleosa.
“Houve momentos em que queria tomar banho porque sentia falta, cheirava mal e parecia que minha pele estava muito oleosa. Mas isso começou a acontecer cada vez menos”, explica ele, que fez o experimento em 2015.
“Muitas pessoas usam xampu para remover a oleosidade do cabelo e, em seguida, aplicam um condicionador para adicionar óleos sintéticos. Se você puder quebrar esse ciclo, seu cabelo vai ficar com a aparência de quando você começou a usar esses produtos”.
Ele conta que decidiu ir diminuindo aos poucos a frequência dos banhos. Em seguida, passou a usar menos sabonete, xampu e desodorante. Porém, seguiu lavando as mãos com sabão e escovando os dentes.
O médico afirma que, durante a experiência, ficou enxaguando-se apenas com água. Por fim, defende a importância da sujeira no corpo: “Os micróbios em nossa pele são tão importantes para sua aparência e saúde quanto a microbiota intestinal é para o sistema digestivo”.
Afinal: quais os riscos de ficar sem banho?
Além do suor, acnes e fungos são algumas das consequências que podem ocorrer ao não tomar banho. Em suma, dormir sem a limpeza adequada da pele pode permitir que sujeira, óleo e maquiagem se acumulem. Assim, os poros ficam obstruídos e pode causar irritação cutânea.