'pior dor do mundo'

Neuralgia do trigêmeo: jovem que tem a doença diz que deseja sair do Brasil para fazer eutanásia

Desde a adolescência, Carolina enfrenta um tormento constante devido à uma condição médica rara e debilitante que acomete o nervo responsável pela sensibilidade da face

Desde a adolescência, Carolina enfrenta um tormento constante devido à neuralgia do trigêmeo, uma condição médica rara e debilitante
Desde a adolescência, Carolina enfrenta um tormento constante devido à neuralgia do trigêmeo, uma condição médica rara e debilitante – Crédito: Reprodução / Redes Sociais

Imagine-se vivenciando uma dor insuportável 24 horas por dia, todos os dias, por anos a fio. Essa é a realidade de Carolina Arruda, moradora de Bambuí, Minas Gerais. A ponto de não suportar mais, Carolina decidiu buscar a eutanásia, um procedimento ilegal no Brasil.

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Desde a adolescência, Carolina enfrenta um tormento constante devido à neuralgia do trigêmeo, uma condição médica rara e debilitante que acomete o nervo responsável pela sensibilidade da face. Após várias cirurgias sem sucesso e sob a sombra de uma dor incessante, ela agora vê a eutanásia como a única saída para sua condição.

Como foi o diagnóstico de neuralgia do trigêmeo

A jornada de Carolina com a dor começou aos 16 anos, quando ela estava grávida. A intensidade e frequência da dor só aumentaram com o tempo, levando-a a uma peregrinação por diversos especialistas. Foram necessários quatro anos e a opinião de 27 neurologistas até que Carolina conseguisse um diagnóstico definitivo.

Apesar do diagnóstico, a luta de Carolina estava longe de acabar. “Os médicos me desencorajavam a fazer qualquer cirurgia devido à minha idade e aos riscos de sequelas”, conta ela em relatos nas redes sociais. Mesmo assim, ela se submeteu a quatro intervenções cirúrgicas, todas sem sucesso em aliviar sua condição.

@caarrudar #neuralgiadotrigêmeo #doencasraras #dor #maternidade #hospital #eutanasia ♬ som original – Carolina Arruda

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Diante de tanto sofrimento e sem perspectivas de melhora, Carolina tomou uma decisão drástica: buscar a eutanásia fora do Brasil, onde o procedimento é considerado crime. Ela iniciou uma campanha de arrecadação de fundos online para custear o processo na Suíça, país que regulamenta essa prática sob estritas condições.

“Busco apenas paz e alívio para uma dor que é constante e insuportável”, escreveu Carolina em seu apelo na internet. Sua família, embora compreensiva com o sofrimento, reluta em aceitar sua decisão.

Qual a diferença entre eutanásia e suicídio assistido?

Apesar de ambos os procedimentos resultarem no fim voluntário da vida, existem diferenças significativas entre eutanásia e suicídio assistido. Na eutanásia, um profissional de saúde administra diretamente uma substância letal ao paciente. No suicídio assistido, o próprio paciente realiza a ação que levará à sua morte, ainda que com assistência médica.

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Dessa forma, em ambos os casos, a legislação é extremamente específica e está disponível apenas em alguns países, sob rigorosos critérios que incluem doença incurável e sofrimento insuportável.

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