
Recentemente, um novo caso de peste bubônica foi confirmado pelas autoridades de saúde do Colorado, nos Estados Unidos. O paciente, cuja identidade foi preservada, desperta dúvidas sobre como a infecção foi contraída. Historicamente, a peste bubônica é transmitida através de picadas de pulgas que infectam animais como roedores.
A peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis, encontrada frequentemente em pulgas ligadas a roedores infectados. O contato próximo com estes animais ou as picadas destes insetos são os principais vetores de transmissão para os seres humanos.
O primeiro sinal tipicamente envolve o inchaço doloroso dos gânglios linfáticos, localizados na virilha, axilas ou pescoço. Além disso, os pacientes podem desenvolver febre alta, dor de cabeça, náusea, e até sintomas mais graves como fadiga intensa e tosse com vestígios de sangue.
O que faz da peste bubônica uma ameaça?
Embora seja raramente vista hoje em dia, a peste bubônica pode evoluir para condições mais severas, como infecções na corrente sanguínea e nos pulmões se não for tratada prontamente. Estas complicações podem aumentar significativamente o risco de mortalidade se não forem gerenciadas com rapidez.
Historicamente, a doença, conhecida como “peste negra” devido ao escurecimento dos gânglios infectados, foi responsável pela morte de um terço da população europeia durante o surto do século XIV. Atualmente, embora restrita, ainda surge em certas regiões do mundo, principalmente em áreas rurais da América do Sul, do Norte, África e Ásia.
No Brasil, não são relatados casos em humanos desde 2005. Em sua grande maioria, os casos registrados hoje em dia se concentram em animais, e por isso, a caça e consumo de animais selvagens é proibida por legislação na maior parte dos países.
Medidas de prevenção incluem a limpeza de áreas que possam atrair roedores e o uso de repelentes para diminuir o risco de picadas de pulgas. É fundamental que os indivíduos estejam atentos aos sintomas iniciais para procurar assistência médica o mais rápido possível, de modo que o tratamento com antibióticos possa ser iniciado prontamente. O isolamento de pacientes infectados é crucial para evitar a propagação da doença.
Los doctores usaban unas tenebrosas máscaras (poco eficientes) que se pensaba evitarían que el medico oliera los cuerpos enfermos y de esa manera evitar contagiarse de la llamada muerte negra. pic.twitter.com/P9WT15uWk4
— Rafael Poulain (@RafaelPoulain) March 16, 2020
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini
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