O Governo Federal anunciou atualizações em funcionalidades do aplicativo Celular Seguro, criado para minimizar os danos à vítima de um roubo ou furto de seu aparelho móvel. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), as mudanças, sugeridas a partir de feedback e sugestões de usuários, vêm para simplificar e facilitar a experiência do sistema e torna-lo mais eficiente.
“É um compromisso e uma prioridade do Ministério oferecer soluções tecnológicas, que fazem diferença na vida da sociedade. É para isso que trabalhamos diuturnamente, como no combate aos crimes envolvendo telefones celulares”, disse o secretário-executivo do MJSP, Manoel Carlos de Almeida Neto.
O que mudou?
Primeiramente, a quantidade de dados cadastrais obrigatórios para o registro do aparelho diminuiu. Dessa maneira, não será mais necessário informar o IMEI e o modelo do aparelho, mas apenas o número da linha, a operadora de telefonia e a marca do telefone. Nesse sentido, caso a operadora do usuário não esteja incluída na lista, o usuário terá a opção “Outra Operadora”.
Outra alteração foi a implementação de um prazo imite para o envio de alertas. A vítima poderá registrar ocorrências dos últimos quinze dias, o que, segundo o MJSP, trará mais eficácia ao serviço. Agora também há três opções do tipo de bloqueio que o usuário deseja realizar: apenas o bloqueio do aparelho/linha, outros bloqueios (de outras instituições parceiras) ou ambas as opções. Após a operação, será emitida uma notificação, para evitar duplicamentos de pedidos e transbordar a plataforma.
📱 Nova versão do programa Celular Seguro recebe melhorias de acesso e segurança!
O #MJSP simplificou o processo de registro e aprimorou o envio de alertas, tornando o uso da ferramenta mais fácil e a comunicação de furto, roubo ou perda mais efetiva.https://t.co/uJANtJGd0s
— Ministério da Justiça e Segurança Pública (@mjspgov) April 9, 2024
Problemas com a Vivo
Meses após o lançamento da plataforma, clientes da operadora Vivo, uma das maiores do país, ainda não conseguem se cadastrar no aplicativo. Segundo o MJSP, nem todas as operadoras permitiram o bloqueio de linha.
Por outro lado, a Vivo afirmou que já se adequou às diretrizes. “A empresa segue em tratativas com o Ministério da Justiça para formalizar a adesão ao projeto e permitir o bloqueio das linhas telefônicas a partir do aplicativo”, constatou a empresa, via nota.
Para evitar este tipo de situação, o MJSP busca uma parceria com a Anatel para viabilizar a implementação do bloqueio de linhas a partir da base CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), da ABR Telecom. Dessa maneira, não será necessária a adesão voluntária das empresas telefônicas.
O app Celular Seguro
Em 19 de dezembro do ano passado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em um esforço para mitigar as consequências de um roubo de celular, lançou o aplicativo Celular Seguro, que permite com que a vítima, por meio de um botão de emergência, bloqueie os sistemas de atividade financeira contidos no aparelho.
No último levantamento, feito em março de 2024, o aplicativo já possuía uma base de 1,3 milhão de celulares cadastrados e recebera 30 mil avisos de bloqueio. O procedimento é feito por meio de um computador ou uma “pessoa de confiança” registrada pela vítima anteriormente. O software está disponível tanto na Play Store, para Android, quanto na App Store, para iOS. Para quem desejar, também é possível registrar um aparelho pelo site do MJSP.