O corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que o PL informe se usou dinheiro público para a auditoria particular que fez nas urnas eletrônicas. Nesta semana o PL afirmou que havia encontrado “falhas de segurança” após uma auditoria feita pelo partido.
Em um ofício assinado nesta quinta-feira (29), Gonçalves estabeleceu um prazo de 24 horas para o partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) esclarecer se usou recursos do fundo partidário para redigir os “Resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE”, documento divulgado nesta quarta (28).
Em nota à imprensa, o documento que detalha a auditoria feita pelo PL foi classificado como “mentiroso” pelo Tribunal Eleitoral. Segundo a Corte, os questionamentos ao pleito buscam “tumultuar o processo eleitoral” e “atentam conta o Estado Democrático de Direito”.
“As conclusões do documento intitulado ‘resultados da auditoria de conformidade do PL no TSE’ são falsas e mentirosas, sem nenhum amparo na realidade, reunindo informações fraudulentas e atentatórias ao Estado Democrático de Direito e ao Poder Judiciário, em especial à Justiça Eleitoral, em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”, diz a nota do TSE divulgada pouco tempo depois da auditoria do PL.
A Folha de S.Paulo apurou que o partido de Bolsonaro pagou ao menos R$ 225 mil ao Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para fazer a auditoria.
TSE manda PL explicar em 24 h se usou dinheiro público p/ bancar estudo apócrifo e com acusações infundadas às urnas q foi disparado ontem. Ouvido pela CNN, o homem responsável pelo relatório disse o trabalho custou R$ 1,3 milhões
— Daniela Lima (@DanielaLima_) September 29, 2022