O governo argentino chegou à Câmara Alta há uma semana com seu projeto de Lei de Bases e Regulamentos ancorado apenas em um calendário rígido que foi desmontado com o passar dos dias. Também o governo está sem interlocutores claros para aceitar sugestões dos senadores que têm voo próprio.
Ao coletar nesta terça-feira (14) as modificações propostas pela UCR, PRO e alguns blocos federais, alguns deputados libertários acreditam que o Executivo não “utilizou as ferramentas e espadas legislativas que possui”, segundo a agência Noticias Argentinas (NA).
Além de não ter conseguido pontes seguras para dialogar com os senadores que não dependem diretamente de nenhum governador e que são fundamentais para fazer pender a balança a seu favor no governo, o partido governista decidiu destituir a chefe do órgão, Victoria Villarruel do processo de negociação.
“Os métodos eram diferentes e não era um método espelhado como havíamos proposto na época”, disse um libertário à NA.
Partido no poder tenta negociar
Apesar dessas diferenças, o vice-chefe da Casa Civil, José Rolandi, e a secretária de Planejamento Estratégico, María Ibarzabal Murphy, deram um passo à frente e receberam nesta terça-feira senadores da oposição mais “amigável” com suas propostas para a Lei de Bases.
As modificações foram sugeridas pelo radical Martín Lousteau (CABA) e por Guadalupe Tagliaferri, do PRO (CABA); e outros blocos federais como a Unidade Federal, que é formada por Edgardo Kueider (Entre Rios) e Carlos Espínola (Corrientes).
Entretanto, está arrefecendo a possibilidade da tão esperada decisão por maioria, Isto permitiria ao governo chegar facilmente à votação geral sobre ambos os megaprojetos. Esta semana não parece ser o momento em que tal questão será resolvida para a equipe de Javier Milei.
🔴 “Lousteau va a acompañar la Ley Bases en general”: Abad dio pistas sobre la votación del radicalismo.https://t.co/zlmZJZrXET
— Perfil.com (@perfilcom) May 15, 2024
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