Em um incidente que marca uma séria escalada nas tensões entre Israel e o Hezbollah, o grupo xiita libanês lançou 100 foguetes contra duas posições israelenses. Este ataque é uma resposta direta à morte de Mohammed Naameh Nasser, comandante do Hezbollah, atribuída a um ataque israelense no sul do Líbano.
O ataque não só intensifica o estado de alerta na região, como também reflete a contínua tensão na fronteira Israel-Líbano, exacerbada pelos apoios mútuos entre Hezbollah e Hamas. A região, já marcada por confrontos passados, observa agora uma retaliação. O anúncio foi feito pelo próprio grupo terrorista nesta quarta-feira (3).
De acordo com relatos, a morte de Nasser foi o estopim para uma série de retaliações por parte do Hezbollah, que declarou o ataque como uma resposta ao “assassinato perpetrado pelo inimigo“. Além dos locais nas Colinas de Golã, uma base no norte de Israel foi atingida por foguetes “Falaq”, também disparados pelo grupo.
Nasser tinha uma posição significativa no comando do Hezbollah e sua morte representa uma perda importante para a dinâmica dentro do grupo. Segundo fontes da agência AFP, ele detinha um posto similar ao de Taleb Sami Abdallah, outro comandante cuja morte no mês passado também gerou intensos confrontos, com o lançamento de foguetes.
Eliminação de um carro com terroristas do Hezbollah por um UAV israelense perto de Tiro, sul do Líbano.
O Hezbollah confirma a morte do comandante da unidade Aziz, Muhammad Naama Nasser, conhecido como Haj Abu Naama, no ataque israelense perto de Tiro. O anúncio o chama de… pic.twitter.com/pN4rp64VRp
— Monica Laredo (@MonicaLaredo2) July 3, 2024
Possível escalada do conflito entre Hezbollah e Israel
Os atuais embates o Hezbollah e Israel na fronteira já tiveram um alto custo humano. Segundo a contagem feita pela AFP, baseada em dados do grupo xiita e do governo libanês, os combates já causaram a morte de 494 pessoas no Líbano, entre eles, 95 civis. Já no lado israelense morreram 15 soldados e 11 civis. As contínuas tensões alimentam o receio de uma guerra mais ampla na região, afetando a segurança e a estabilidade internacional.
A resposta de Israel até o momento foi de aumento das medidas defensivas e alertando a comunidade internacional sobre os riscos de uma escalada maior. Análises sugerem que, se não for controlada, essa estratégia de conflito “olho por olho” pode mergulhar a região em mais violência, desestabilizando uma paz já frágil no Oriente Médio.
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