Operação da PF

MPF defende extradição de ex-CEO da Americanas que vive na Espanha

Miguel Gutierrez é alvo da Operação Disclosure, que investiga uma fraude bilionária na companhia varejista

MPF defende extradição de ex-CEO da Americanas que vive na Espanha
Grupo Americanas é alvo de operação da PF – Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro solicitou à Justiça Federal a extradição do ex-CEO do Grupo Americanas, Miguel Gutierrez, atualmente residindo em Madri, Espanha. Gutierrez é investigado pela Operação Disclosure da Polícia Federal, que apura uma fraude bilionária na companhia varejista.

Publicidade

A petição foi encaminhada à 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e assinada pelos procuradores José Maria de Castro Panoeiro e Paulo Sergio Ferreira Filho na última quarta-feira (10). Os procuradores justificam a extradição para manter a validade da prisão preventiva de Gutierrez.

Se a Justiça Federal acatar o pedido, a decisão final cabe à Espanha devido à soberania nacional. Uma vez decretada a extradição, o processo será conduzido pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.

O MPF destaca a necessidade da extradição, pois, se negada, Gutierrez pode ser processado na Espanha. A petição esclarece que a Espanha não é obrigada a entregar o cidadão e, se a extradição for negada, o Brasil deverá fornecer elementos para o processo e julgamento de Gutierrez na Espanha, que deve comunicar a sentença ou decisão final ao Brasil.

Ex-CEO chegou a ser preso em Madri, mas depois foi solto

Gutierrez foi preso em Madri em 28 de junho e liberado no dia seguinte após prestar depoimento às autoridades espanholas. O Grupo Americanas mencionou que as fraudes durante sua gestão podem chegar a R$ 25 bilhões.

Publicidade

A defesa de Gutierrez afirmou que ele não participou nem tinha conhecimento das fraudes, colaborando com as autoridades e permanecendo em sua residência em Madri desde 2023, à disposição dos órgãos investigativos.

Na mesma operação, a ex-diretora Anna Cristina Ramos Saicali, vinda de Portugal, teve que entregar seu passaporte no Brasil em 1º de julho. A atual diretoria das Americanas alega ter sido vítima de manipulação fraudulenta de resultados pela gestão anterior.

Publicidade
Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.