Na última quarta-feira (24), o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos emitiu uma nota informando que o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo estava fora do ar desde 11h do dia anterior. Fontes do próprio ministério suspeitavam que se tratavam de um ataque hacker, especificamente considerando o apagão cibernético ocorrido na semana passada.
Após a queda nos sistemas de vários órgãos federais, a Polícia Federal foi acionada para verificar as circunstâncias do fenômeno. De acordo com fontes ouvidas CNN, eventos como o apagão da última semana operam como um “chamariz” para outros hackers, aumentando a possibilidade de ataques desta natureza. Estruturas governamentais costumam ser alvos constantes.
A queda do SEI atingiu sistemas de nove ministérios, da Casa da Moeda e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Entretanto, o Ministério de Gestão informou que o suposto ataque não afetou serviços oferecidos pelo sistema Gov.br.
De acordo com relatos ao blog, as estruturas mais sensíveis dos órgãos governamentais são resguardadas por sistemas de segurança personalizados, criados para atender às necessidades da administração federal. Essa medida ajuda a diminuir a vulnerabilidade a falhas e ataques cibernéticos, conforme indicam os técnicos. Contudo, a recomendação é intensificar os cuidados e fortalecer as políticas de segurança.
O apagão cibernético
Na última sexta-feira, um apagão cibernético prejudicou voos, telecomunicações e instituições bancárias ao redor do mundo.
A pane generalizada não foi causado por um ataque hacker, mas sim por um update defeituoso. A empresa CrowdStrike, fornecedora líder de segurança cibernética, atualizou um conteúdo específico para o sistema operacional Microsoft Windows.
Como o software é utilizado no mundo inteiro, 85 milhões de máquinas de diversas funções apresentaram erros. Consequentemente, por exemplo, viajantes receberam passagens aéreas escritas à mão, milhares de voos foram cancelados. Setores de transporte e saúde também foram afetados.