Na sexta-feira, 26 de abril de 2024, a cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris gerou polêmica devido a uma cena que foi criticada por alguns como uma paródia de “A Última Ceia”. Os organizadores rapidamente responderam às críticas, pedindo desculpas e esclarecendo suas intenções.
A cena polêmica, que contou com a participação de artistas e dançarinos, causou um alvoroço particularmente entre grupos cristãos e a Igreja Católica. A Igreja Católica Francesa acusou o evento de incluir “cenas de zombaria do Cristianismo“. Anne Descamps, porta-voz de Paris 2024, se pronunciou sobre o assunto durante uma coletiva de imprensa no domingo (28).
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A suposta releitura de “A Última Ceia”
Descamps afirmou que “nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso”, enfatizando que a intenção da apresentação foi celebrar a comunidade e a tolerância. “Se alguém se sentiu ofendido, é claro que lamentamos muito”, declarou Descamps.
A cena em questão também recebeu elogios de alguns espectadores, que a compararam com outras obras de arte histórica, como “O Banquete dos Deuses” de Johann Rottenhammer e Jan Brueghel. Thomas Jolly, diretor da cerimônia de abertura, insistiu em uma entrevista à afiliada da CNN BFMTV que “A Última Ceia” não foi a inspiração para a cena.
Jolly explicou que a cena foi inspirada pelo deus grego Dionísio, o deus do vinho e da celebração. “Dionísio vem à mesa porque ele é o deus grego da celebração e essa sequência é chamada de ‘festival’”, disse Jolly. Ele ainda acrescentou que a ideia era criar uma grande festa pagã relacionada ao deus do Olimpo, sem qualquer intenção de zombaria religiosa.