Em meio a uma crise devastadora, a cozinha comunitária Nation Station em Beirute, no Líbano, tornou-se um símbolo de solidariedade e resiliência. No bairro de Geitawi, voluntários trabalham incansavelmente, preparando refeições para aqueles que foram forçados a abandonar suas casas. Este espaço, que outrora foi um posto de gasolina, agora fervilha de atividades, com pessoas cozinhando, conversando e mantendo o espírito elevado apesar das circunstâncias difíceis.
Desde o início dos bombardeios em setembro de 2024, a quantidade de deslocados internos no Líbano aumentou drasticamente. A já frágil situação do país se complicou ainda mais com a destruição de quarteirões inteiros no sul de Beirute e a morte do Secretário-Geral do Hezbollah. Comumente, abrigos improvisados se tornaram a única opção para milhares de famílias.
The IDF tries to regain some dignity and project strength by murdering another residential building full of civilians in Beirut tonight
— Best of Hasbara (@bestofhasbara.bsky.social) October 2, 2024 at 6:15 PM
O que faz a cozinha comunitária Nation Station?
A cozinha comunitária Nation Station surgiu em resposta à explosão de 4 de agosto de 2020. Desde então, tem enfrentado inúmeros desafios para prover alimento aos necessitados. A organização agora prepara mais de 700 refeições diárias para deslocados em abrigos. Para manter essa operação massiva, a Nation Station clama por mais voluntários que possam ajudar na cozinha e na distribuição das refeições.
A crescente demanda por assistência levou outros cidadãos a agirem. Iniciativas espontâneas, como acolher famílias em suas casas ou doar suprimentos, têm demonstrado o poder da solidariedade. Em bairros como Ramlet al-Bayda, estudantes se juntam para montar caixas de alimentos e outros itens essenciais para serem entregues às comunidades mais necessitadas.
Influencers mobilizam recursos em Beirute
Três influenciadores de mídias sociais, Ghena Sandid, Farah Dika e Sara Fawaz, iniciaram uma campanha de doação que rapidamente ganhou força. Utilizando uma garagem como base, eles coordenam a distribuição de ajuda por todo o Líbano. A iniciativa, inicialmente pequena, agora conta com a ajuda de cerca de 450 estudantes, enviando recursos para mais de 30 regiões.
No entanto, o colapso bancário do país em 2019 dificulta a chegada de doações internacionais. Apesar disso, com criatividade e determinação, foram encontrados meios para contornar esses obstáculos. As transferências monetárias por meio de empresas como a Western Union têm sido cruciais.
Mais do que números, estas ações refletem uma conexão e vontade de enfrentar juntos as dificuldades. Os voluntários, a maioria jovens, trabalham várias horas por dia, muitas vezes em condições adversas, para garantir que o maior número possível de pessoas receba assistência.