A poucos dias das eleições municipais, a corrida eleitoral em São Paulo está mais acirrada do que nunca. A última pesquisa divulgada pelo Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, revelou um empate técnico entre os três principais candidatos ao cargo de prefeito: Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Pablo Marçal. Esse cenário está movimentando os eleitores em toda a cidade.
O levantamento ocorreu entre os dias 1º e 3 de outubro de 2024, entrevistando presencialmente 1.806 eleitores paulistanos acima de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, em um nível de confiança de 95%. Com a oscilação recente dos candidatos dentro dessa margem, o clima é de incerteza sobre quem realmente sairá na frente no próximo domingo.
A margem de erro desempenha um papel crucial nas pesquisas eleitorais, especialmente quando os candidatos estão tecnicamente empatados. No contexto atual, é essa margem que pode mudar completamente a percepção do eleitorado sobre quem está na liderança.
Com Boulos subindo de 25% para 26%, Nunes caindo de 27% para 24%, e Marçal aumentando de 21% para 24%, a margem de erro confirma que qualquer um dos três pode avançar. É importante que os eleitores compreendam que pequenas variações são comuns e não necessariamente refletem uma mudança significativa nas preferências do público.
▶️ DATAFOLHA – Intenção de voto para Prefeitura de SP – 1º turno – votos válidos
— Central da Política (@centraldapolitica.bsky.social) October 3, 2024 at 4:09 PM
O que revelam os cenários de segundo turno das eleições?
O levantamento do Datafolha também incluiu simulações para possíveis cenários de segundo turno. Ricardo Nunes aparece como o candidato mais forte nesses cenários, afirmando-se como favorito contra Boulos e Marçal. Caso Boulos enfrente Marçal diretamente, ele pontuaria à frente, conforme indicam os dados.
As projeções mostram Nunes com 52% das intenções de voto contra 37% de Boulos, e 56% contra 28% de Marçal. No entanto, é essencial que os eleitores estejam atentos às eventuais mudanças até o dia das eleições, já que uma parte significativa do eleitorado ainda pode alterar sua escolha à medida que as campanhas progridem.
Quais são os desafios dos candidatos?
Cada candidato enfrenta desafios específicos nessas eleições. Guilherme Boulos, enquanto lidera em alguns segmentos da sociedade, ainda precisa superar uma rejeição de 38%. Ricardo Nunes, apesar de sua vantagem em cenários de segundo turno, enfrenta a tarefa de consolidar o suporte entre os eleitores mais escolarizados e com renda mais alta.
Pablo Marçal se vê na posição desconfortável de ser o mais rejeitado, com 53% dos eleitores afirmando que não votariam nele sob qualquer circunstância. Melhorar sua imagem pública é crucial se ele quiser ter chances reais de vitória.