TRAGÉDIA HUMANITÁRIA

ONU: 160 mil pessoas deixam o Líbano rumo à Síria

A maioria desses refugiados está se dirigindo para a capital, Damasco, através da fronteira leste

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Pessoas deslocadas internamente coletam roupas em Beirute, no Líbano – Créditos: Getty Images

Desde o agravamento das hostilidades entre Israel e o Hezbollah no Líbano, cerca de 160 mil pessoas cruzaram a fronteira em direção à Síria buscando segurança, conforme relatado pelo ACNUR. Os ataques aéreos israelenses, que começaram em 23 de setembro, geraram um fluxo contínuo de refugiados, embora a taxa de êxodo tenha diminuído em 2 de outubro.

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Cerca de 70% dos que partiram para a Síria são cidadãos sírios que estavam no Líbano, com o restante sendo libaneses. A maioria desses refugiados está se dirigindo para a capital síria, Damasco, através da fronteira leste. Este movimento de pessoas reflete a busca por segurança em meio ao aumento das tensões na região.

Entenda o contexto dos conflitos no Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma intensificação no já complexo quadro de disputas regionais. Estes conflitos envolvem um jogo de poder entre o Eixo da Resistência liderado pelo Irã e Israel, apoiado pelos Estados Unidos. As sete frentes de conflito atualmente em ação incluem:

  • República Islâmica do Irã
  • Hamas na Faixa de Gaza
  • Hezbollah no Líbano
  • Governo Sírio e milícias associadas
  • Houthis no Iêmen
  • Grupos xiitas no Iraque
  • Organizações militantes na Cisjordânia

Implicações dos ataques iranianos a Israel

Os mísseis lançados pelo Irã em direção a Israel aumentaram as tensões e ampliaram o conflito para múltiplas frentes. Israel tem se posicionado de forma agressiva, com operações militares em territórios como o Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, mostrando a complexidade e o escopo dos conflitos atuais.

Com a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e a destruição da cadeia de comando do grupo, o Líbano experimentou um dos seus dias mais mortíferos desde 2006, deixando mais de 500 mortos. A situação despertou a preocupação internacional, incluindo o Brasil, que condenou os ataques e anunciou repatriação de brasileiros afetados pelo conflito.

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Na Faixa de Gaza, o exército israelense intensificou suas ações contra o Hamas, buscando desmantelar a organização após o ataque de 7 de outubro, que resultou em mais de 1.200 mortes. A resposta israelense, porém, causou a morte de mais de 40 mil palestinos, segundo as autoridades de saúde locais.

Simultaneamente, na Cisjordânia, Israel segue empenhado em desarticular grupos que se opõem à sua presença no território, aumentando, assim, o clima de instabilidade e sofrimento para os civis locais.

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