ORIENTE MÉDIO

15 alvos dos Houthis foram atacados no Iêmen, segundo os EUA

Eles são um dos grupos militares que recebem suporte do Irã, semelhante ao Hezbollah e ao Hamas

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Houthis – Crédito: Getty Images

Nesta sexta-feira, 4, forças militares dos Estados Unidos relataram a realização de ataques aéreos contra 15 alvos do grupo Houthis no Iêmen. As operações visaram estruturas militares dos Houthis e tiveram como justificativa a proteção à liberdade de navegação no estratégico Mar Vermelho. Isto ocorre após uma sucessão de ataques realizados pelos Houthis contra embarcações em rota para Israel, conforme informado pelas autoridades americanas.

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Os Houthis, que recebem apoio do Irã, acusaram tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido de bombardear quatro cidades iemenitas, incluindo o aeroporto de Hodeidah. Embora o Reino Unido tenha negado envolvimento nas ofensivas, imagens obtidas pela CNN mostram a intensidade dos ataques, com registros de fumaça vistos no norte da cidade portuária de Hodeidah.

Com raízes profundas no conflito do Oriente Médio, os Houthis são um dos grupos militares que recebem suporte do Irã, semelhante ao Hezbollah e ao Hamas. A intensificação recente dos confrontos começou após os ataques palestinos de 7 de outubro, levando a uma resposta militar robusta de Israel em Gaza.

Os Houthis justificaram seus ataques ao afirmar solidariedade aos palestinos. A escalada dos conflitos entre Israel e grupos apoiados pelo Irã levanta preocupações sobre um confronto regional ainda mais amplo, envolvendo diversas facções e nações do Oriente Médio.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O cenário de disputa no Oriente Médio tem se agravado, especialmente após um ataque com mísseis por parte do Irã em 1º de outubro. Este episódio marca uma etapa mais crítica na já complicada guerra regional. De um lado está Israel, aliado dos Estados Unidos; do outro, o chamado Eixo da Resistência, que congrega diversas milícias e governos apoiados pelo Irã.

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Actualmente, existem sete frentes de conflito, incluindo o envolvimento ativo de grupos como o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen. Israel está, diretamente, em combate no Líbano, Cisjordânia e Gaza, enquanto conduz bombardeios aéreos em outras regiões, mirando suas forças contra as ameaças percebidas pela nação judaica.

Recentemente, o Exército de Israel empreendeu uma operação terrestre limitada no Líbano logo após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. A resposta israelense visou desmantelar a infraestrutura de comando do Hezbollah, levando a uma escalada violenta na região. Os acontecimentos refletiram na data do dia 23 de setembro, considerado o mais mortal no Líbano desde 2006, culminando em centenas de vítimas fatais.

Impacto nas outras frentes de conflito

Na Cisjordânia, Israel busca desmantelar grupos opositores à ocupação do território. A Faixa de Gaza, por sua vez, permanece um campo de batalha crítico, com Israel realizando intensas operações militares para neutralizar o Hamas.

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De acordo com fontes israelenses, mais de 1.200 civis morreram apôs um ataque do Hamas no início de outubro. A resposta de Israel resultou na morte de mais de 40 mil palestinos, conforme dados do Ministério de Saúde do território controlado pelo Hamas. A situação complexa segue desenrolando-se, com líderes do Hamas, como Yahya Sinwar, permanecendo em locais desconhecidos, forçando a situação a um impasse estratégico e humanitário.

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