LÍBANO

Porta-voz do Hezbollah: “Israel viu muito pouco”

Nas últimas semanas, os subúrbios do sul de Beirute têm sido alvo frequente de ataques. Recentemente, dois soldados libaneses foram mortos em um bombardeio em Kafra

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Líbano – Crédito: Getty Images

Os recentes ataques aéreos no Líbano ressaltam a intensificação dos confrontos entre Israel e Hezbollah, afetando profundamente a população civil. Em uma coletiva de imprensa ao sul de Beirute, Mohammed Afif, porta-voz do Hezbollah, declarou que Tel Aviv foi apenas o início de uma série de ações retaliatórias, enfatizando que a prioridade é derrotar o inimigo e cessar a agressão.

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“Tel Aviv é apenas o começo, Israel viu muito pouco. Nossa prioridade absoluta agora é derrotar o inimigo e forçá-lo a parar a agressão. No entanto, qualquer esforço político interno ou externo para alcançar uma cessação da agressão é apreciado, desde que seja consistente com nossa visão abrangente da batalha, suas circunstâncias e seus resultados”, declarou Afif.

Nas últimas semanas, os subúrbios do sul de Beirute têm sido alvo frequente de ataques. Recentemente, dois soldados libaneses foram mortos em um bombardeio em Kafra, fato confirmado pelo Exército do Líbano. A missão de paz da ONU (UNIFIL) no país também sofreu baixas, com soldados feridos após bombardeios próximos à fronteira com Israel, o que gerou preocupação internacional pela segurança das forças de paz.

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Moradores locais, como Ahmed al-Khatib e Mohammed Tarhani, descrevem ao g1 as dificuldades enfrentadas. Khatib resgatou sua filha dos escombros após sua residência ser danificada, enquanto Tarhani, em desalento, questiona sobre para onde ir em busca de segurança. A destruição generalizada coloca em evidência o sofrimento contínuo das pessoas que tentam sobreviver em meio ao caos.

Bombardeios em Beirute e o Hezbollah

Os bombardeios têm gerado reações de vários países, aumentando a pressão por uma solução pacífica. Nesta sexta-feira, 11, as Forças de Defesa de Israel (IDF) destacaram que estão cooperando com a UNIFIL para garantir a segurança na região e alegaram que suas operações visam estruturas militares do Hezbollah.

O governo israelense afirma que seus alvos são militares, mas os danos recaem pesadamente sobre os civis. Uma tentativa recente de assassinar Wafiq Safa, um membro sênior do Hezbollah, falhou, o que demonstra a complexidade e os riscos das operações em áreas densamente povoadas.

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A intensificação das hostilidades no Líbano ocorre num contexto de instabilidade na região. O bombardeio no centro de Beirute, um raro fato registrado, reflete a escalada das tensões. Israel continua emitindo ordens de evacuação, enquanto o Hezbollah promete resistir. Residentes em áreas como Ras al-Nabaa, um dos locais recentemente atingidos, enfrentam o medo diário dos bombardeios.

As cenas de fumaça e destruição apelam para uma atenção maior das potências internacionais, que buscam mediar o conflito. A persistente insegurança interfere no cotidiano e na estrutura socioeconômica do Líbano, podendo gerar uma crise humanitária de grandes proporções.

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