MÁQUINAS AGRÍCOLAS

Agora é a vez do trator elétrico?

Nova tecnologia amplia produção por hectare e reduz custos operacionais com relação ao óleo diesel.

Agora é a vez dos tratores elétricos?
A tecnologia empregada no trator já tem softwares específicos para a dirigibilidade do veículo (Crédito: Canva Fotos)

O trator elétrico já é uma realidade para melhorar a produtividade do setor do agronegócio. Nas fazendas brasileiras, porém, ainda não é comum o uso destes tratores e outros maquinários elétricos que estão sendo desenvolvidos para substituir os equipamentos movidos com motores de combustão.

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Segunda maior fabricante de equipamentos agrícolas do mundo, a CNH Industrial que fazer seu primeiro US$ 1 bilhão em receita com tecnologia de precisão já neste ano, com lançamentos para ampliar a produção por hectare e reduzir custos.

A empresa anunciou o lançamento de seu primeiro protótipo de trator elétrico e de um trator a gás natural em estado líquido (GNL) em 2023. Também desenvolveu softwares e automação para esses novos equipamentos.

O conglomerado italiano, proprietário das marcas Case e New Holland, possui fábricas no Brasil. Esta última tem plantas em Curitiba (PR); as outras estão localizadas em Sorocaba e Piracicaba, ambas as cidades estão localizadas no interior de São Paulo.

Uma dos destaques dos lançamentos da CNH na temporada 2023 é o T4 Eletric Power, apresentado em dezembro, e ainda em fase de protótipo. Desenvolvido com a Monarch Tractor, startup da Califórnia (EUA) especializada em eletrificação e automação no agro. O trator será o primeiro totalmente elétrico da New Holland e com direção autônoma.

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O veículo é de menor porte com motor de 120 cavalos. A eliminação do óleo diesel pode minimizar custos operacionais em até 90%, além de reduzir a emissão de gases poluentes.

O presidente global da New Holland, Carlo Lambro, afirmou, em entrevista à EXAME, que mesmo com riscos globais e cenários de possível queda no preço das commodities, está esperançoso no potencial do agro na América do Sul. Acrescentou ainda que o setor terá estofo para passar pela crise.

Em um primeiro momento, contudo, o trator elétrico não deve atender às demandas específicas dos produtores brasileiros. Mesmo que a eletrificação ajude a reduzir os custos e dependência do diesel, parte das culturas do agronegócio ainda não gera receita em volume suficiente para valer o investimento nesta tecnologia de ponta.

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