MERCADO DE CEREAIS

Alta demanda deve garantir preços rentáveis na safra de milho

A entrada da China entre os principais compradores do produto brasileiro é um fator que influencia a pressão de alta.

Alta demanda deve garantir preços rentáveis aos produtores de milho em 2023
Conab estima a safra de milho em quase 124 milhões de toneladas (Crédito: Canva Fotos)

A safra de milho no Brasil deve alcançar quase 124 milhões de toneladas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – se o número for confirmado, a safra será a maior registrada na série histórica.

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Mesmo com esta expectativa, o cenário de mercado do cereal permanece favorável ao produtor. A alta demanda e as incertezas da oferta do milho no mundo tendem a garantir preços mais rentáveis aos agricultores no ciclo 2022/23.

O gerente de Produtos Agrícolas da Conab, Sergio Roberto Santos, explicou nesta quinta-feira (23), que pelo lado da oferta, a condição climática adversa tem afetado a safra do Rio Grande do Sul e também causado impactos nas lavouras argentinas. “Há uma projeção de quebra de 9,6% na produção de milho no país vizinho, sendo a redução de 5,0 milhões de toneladas na comparação com os números iniciais da safra. Além disso, destaca-se a incerteza quanto ao escoamento do cereal da Ucrânia na Europa, com a intensificação do conflito no leste europeu”, ponderou.

No caso da demanda, a entrada da China entre os principais compradores do milho brasileiro da safra 2022/23 é um importante fator para a pressão de alta nos preços. Os embarques do cereal ao mercado externo fecharam janeiro em torno de 6,17 milhões de toneladas, uma alta em torno de 126% se comparado com o volume registrado no mesmo período de 2022, e elevação de 120,07% quando a referência é a média comercializada nos últimos 5 anos.

Com as exportações em ritmo acelerado e com os estoques de passagem mais reduzidos, nota-se uma desaceleração no movimento de queda nas cotações do cereal no mercado interno, mesmo diante da colheita da 1ª safra do grão no Brasil, o que usualmente reflete em sazonalidade negativa das cotações”, explicou o gerente da Conab.

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