Entidades do agronegócio divulgaram notas de repúdio condenando as invasões de terra promovidas desde sábado (18) pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL).
Chamado pelo grupo de ‘Carnaval Vermelho’, a ação reivindica “terra, trabalho, moradia e educação, através da ocupação de terras que já foram reconhecidas como públicas pela Justiça, porém ainda permanecem abandonadas sem cumprir seu uso social”, diz a FNL.
Confira a seguir as notas de repúdio às invasões de algumas das principais entidades ligadas ao agronegócio brasileiro.
SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA
Em nota, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) afirmou repudiar com veemência as invasões de terra noticiadas na região do Pontal do Paranapanema, no estado de São Paulo.
“A ação desses movimentos fere o direito de propriedade e traz insegurança jurídica para o campo. Conclamamos que as autoridades tomem medidas imediatas para reintegrar essas áreas assim como para conter esses movimentos, que estão praticando atos criminosos de invasão de propriedade privada e áreas produtivas. É inconcebível que o setor, importante pilar econômico do nosso país e produtor de alimentos para o Brasil e o mundo, volte a viver esses momentos de insegurança e violência”, disse a entidade.
APROSOJA/SP
A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo (APROSOJA/SP) também publicou uma nota na qual enfatiza o repúdio com relação à relativização do direito de propriedade e a destruição de patrimônio.
“A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de São Paulo através da presente nota manifesta seu mais absoluto repúdio às invasões de terras que estão ocorrendo no Oeste Paulista.
O grupo revolucionário auto denominado Frente Nacional de Luta Campo e Cidade comandado pelo ex-líder do MST, José Rainha, invadiu e ocupou fazendas nos municípios de Marabá Paulista, Sandovalina e Rosana em um movimento que é conhecido como Carnaval Vermelho.
A APROSOJA/SP repudia as invasões e a violência, condena veementemente a relativização do direito de propriedade, a destruição de patrimônio e a barbárie de práticas criminosas que deveriam há muito ter ficado no passado.
Conclamamos as autoridades constituídas; Governo Estadual e Governo Federal para que atuem de maneira firme e contundente no sentido de desmobilizar as invasões e criminalizar os líderes e demais envolvidos nestes atos que atentam contra o Estado Democrático de Direito”, informou a nota.
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE MINAS GERAIS
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) também repudiou a ação. Em nota, a entidade diz que está acompanhando as invasões de propriedades rurais em São Paulo.
“A Faemg desaprova ilegalidades no setor agro e se manifesta a favor da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que já ordenou a desocupação das terras invadidas”, disse.
O presidente da Frenta Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), também se manifestou sobre as invasões no oeste paulista.
Siga a gente no Google NotíciasCondeno veementemente o “carnaval vermelho” , invasões de terras produtivas que temos presenciado nos últimos dias. Isso é CRIME! O direito de propriedade está previsto na Constituição. Em uma semana, já foram mais invasões que em todo o governo anterior.https://t.co/odnD0lrbVd
— Pedro Lupion (@pedro_lupion) February 21, 2023