FORÇA FEMININA

Mulheres no agronegócio: uma participação que apresenta crescimento

Agrosserviços e agroindústria são os subsetores com maior participação de trabalhadoras.

Mulheres no agronegócio: uma participação que apresenta crescimento
A presença da mulher no agronegócio brasileiro vem crescendo em todos os subsetores (Crédito Foto: Giloustan France/Getty Images)

O agronegócio empregava 19 milhões de trabalhadores em 2022 em seus quatros segmentos. A participação das mulheres alcançou 31% deste total o que significa 5,9 milhões de mulheres empregadas no setor. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), campus de Piracicaba.

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O agronegócio é compreendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária básica, ou primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços.

Agrosserviços e agroindústria são os setores do agro que dispõem do maior percentual de mão de obra feminina. A participação das mulheres no agronegócio não é uniforme e apresenta variações dentro destes setores. Segundo a pesquisadora do Cepea, Nicole Rennó, o agrosserviço é o segmento no qual existe a maior participação feminina do agro – as mulheres respondem por 42%; a seguir, aparece a agroindústria, com 37% do total.

No trabalho da porteira para dentro, ou trabalho primário, a participação das mulheres chega a 20% – é um setor que, por vezes, demanda maior força bruta. Por outro lado, neste mesmo setor primário, também a distribuição por gênero é desigual: a produção primária de fumo emprega 243 mil trabalhadores, sendo 95,5 mil mulheres (37% do total).

Segundo a pesquisadora, em entrevista ao jornalista do UOL, Mauro Zafalon, a presença feminina atinge 33% nos segmentos de flores, horticultura, plantas ornamentais e colheita da uva.  O espaço das mulheres na cultura de soja – que lidera a produção nacional – apresenta crescimento e marca 17% participação do sexo feminino. Na outra ponta, a menor participação das mulheres no agronegócio está na produção de cana-de-açúcar, com somente 15% das vagas ocupadas por mulheres.

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O volume crescente das exportações de carne mostra importante participação das mulheres. No setor avícola, a presença das mulheres atingiu 36% da força de trabalho; na suinocultiura é de 27%. E por fim, no setor de carne bovina, a particopaçaio alcança 14%.

Na cadeia total industrial da carne, as mulheres são 36% dos trabalhadores nos abates de animais e atingem 46% no setor de laticínios.

A pesquisadora explicou ainda que o subsetor da agroindústria possibilita um aumento da renda familiar como um todo. Se a indústria ligada ao agro está próxima, o homem cuida das atividades de campo e a mulher vai em busca de ocupar uma vaga na agroindústria.

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