MERCADO CAFEEIRO

Safra de café para 2023 tem primeira estimativa de 54,9 milhões de sacas

Minas Gerais responde por 50,03% da previsão total; Espírito Santo vem a seguir com 26,49%.

Safra de café para 2023 tem primeira estimativa de 54,9 milhões de sacas
Previsão para a safra de café é 7,9% maior que o valor de 2022 (Crédito: Canva Fotos)

A safra de café tem uma primeira estimativa para este ano de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas. As informações são do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (19).

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A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, computando as duas espécies mais cultivadas no país, arábica e conilon, é de 2,26 milhões de hectares (26 mil km², área similar à do estado de Alagoas). O aumento é de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação.

O presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, explicou que “nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, que só entrarão em produção nos próximos anos”.  Acrescentou ainda que nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representados pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira no país.

O superintendente substituto de Informações da Agropecuária, Rodrigo Souza, mencionou o aumento da área total em produção do café arábica e também uma “estimativa de incremento na produtividade média, impulsionado, particularmente, pelos rendimentos médios esperados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná”.

Quanto ao café conilon, o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Rafael Fogaça, disse que depois de uma safra recorde em 2022, a perspectiva para a temporada atual sinaliza uma certa redução no potencial produtivo, particularmente em razão de intercorrências climáticas registradas no Espírito Santo, maior estado produtor da espécie. “Mesmo com o aumento na área em produção, a estimativa para o rendimento médio deve sofrer um decréscimo em relação à safra anterior”, revelou.

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Segundo ele, este fato “impacta, consequentemente, na perspectiva de produção total, que está avaliada, nesse primeiro levantamento, em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado, 3,8% menor que o volume nacional obtido na safra passada”.

Em outros estados, o boletim anuncia uma produção esperada em São Paulo de 4,72 milhões de sacas da espécie arábica, representando crescimento de 7,7% em comparação ao resultado obtido em 2022. Na Bahia, o crescimento previsto é de 0,6% na produção total, com 3,62 milhões de sacas em todo o estado, sendo 1,23 milhão de sacas de arábica e 2,39 milhões de sacas de conilon.

 

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