
Um estudo da Rede Ambiental Mídia revelou que 20% da Bacia Amazônica, a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo, está altamente impactados por atividades como a mineração e a geração de energia hidrelétrica.
Das mais de onze mil microbacias da região, 20% sofrem impactos considerados altos, muito altos ou extremos. Os rios mais ameaçados são o Xingu, Tapajós, Tocantins e Madeira. O estudo também alerta que as regiões mais críticas da Bacia Amazônica são aquelas que sofrem impactos de mais de uma atividade ao mesmo tempo.
Cecilia Gontijo Leal, pesquisadora da USP e integrante do projeto Aquazônia, diz que ”a mineração e o garimpo geram alterações muito drásticas na água. Mudam completamente todo o fluxo, todo o curso de um rio, que é completamente alterado por essas atividades, então elas tiveram um peso maior no nosso cálculo do índice. Já a agropecuária, embora ela seja uma alteração mais entre aspas ”sutil” aos cursos d’água, ela ocupa uma área muito maior”.
O levantamento também mostra a importância das terras indígenas na proteção dos rios. Em mais de 80% desses territórios, o impacto sobre as bacias foi considerado médio ou baixo. Mesmo assim, o avanço dos garimpos ilegais tem aumentado a degradação da Bacia.
🌳💧20% da Bacia Amazônica já sofre alto impacto de atividade humana. Os dados são do “Índice de Impacto nas Águas da Amazônia” (IIAA), lançado hoje pela @ambientalmedia com apoio do Serrapilheira. No mapa abaixo, quanto mais clara, mais afetada é a região. Mais na thread 👇 pic.twitter.com/ookgDjFZT3
— Instituto Serrapilheira (@iserrapilheira) May 5, 2022