
A área de floresta desmatada da Amazônia Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos, aponta pesquisa do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgada nesta quarta-feira (17).
De agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
🗓️ O chamado “calendário do desmatamento” da #Amazônia fechou com mais um recorde negativo de destruição! Nos últimos 12 meses, de agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo. pic.twitter.com/vdP4pcyCjy
— Imazon (@Imazon) August 17, 2022
Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários chegaram a 21.257 km², quase o tamanho do estado de Sergipe. Os dados do instituto também apontam que essa foi a quarta vez seguida em que a devastação atingiu o maior patamar desde 2008.
Ainda de acordo com os novos dados divulgados pelo Imazon, nos últimos 12 meses, 36% do desmatamento ocorreu na divisa Amazonas-Acre-Rondônia, região conhecida como Amacro, onde grandes áreas desmatadas têm ocupado florestas públicas não destinadas e áreas protegidas.
Imazon x Inpe
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que diferem da metodologia do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também divulgou números na última sexta-feira (12).
Segundo o Imazon, os satélites usados são mais refinados que os dos sistemas do governo e são capazes de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta áreas maiores que 3 hectares.
Assim como o Deter, do Inpe, o calendário de monitoramento do SAD começa em agosto de um ano e termina em julho do ano seguinte por causa da menor frequência de nuvens na Amazônia Legal. Os sistemas também são semelhantes porque servem como um alerta, mas não representam um dado oficial de desmatamento.