
Uma análise sobre nosso aprendizado, enquanto sociedade, no combate à disseminação de fake news, as notícias falsas, que, em períodos eleitorais, chegam com força total. Para esclarecer a população dos riscos deste tipo de conteúdo, o professor e cientista político Rodrigo Prando colocou suas reflexões em um livro, em parceria com jornalista Deysi Cioccari.
“Nossa ideia é trabalhar o conceito de fake news nesta época de negacionismo, de pós-verdade… Este tipo de notícia tem uma velocidade de circulação muito mas alta do que a notícia comum. É algo sempre com título bombástico, tem algo de ‘segredo revelado’ e te capta pela emoção, pelo sentimento”, afirma.
O professor acredita que houve amadurecimento da sociedade e a mídia depois das eleições de 2018. “O jornalista que aprendeu a checar a fonte nos bancos das universidades também aprendeu a lidar melhor com isso”, afirma. “Mas, o que é mais evidente, é que a Justiça tem se preocupado, pois as fake news não são uma brincadeirinha”.
Prando afirma que fake news têm a intenção de atacar. Ele destaca que o erro é diferente da notícia falsa: “Fake News não são erros. Todos nós erramos, por equívoco, por confundir um número, por desconhecer autor, por descuido… Mas, buscamos corrigir. As fake news são intencionais: são pensadas, construídas com viés de veracidade”, analisa.
Para evitar que este conteúdo seja espalhado, é fundamental que a população faça a sua parte: “A salutar desconfiança, a dúvida, é sempre boa para evitar a disseminação de conteúdo duvidoso. A primeiras pergunta é: saiu em algum veículo confiável?“, explica.
Para o professor, todos devem ficar atentos para não ajudar a espalhar notícia falsa, já que, em uma análise mais ampla, “as fake news são corrosivas aos alicerces da democracia”, conclui.
O projeto “Combate às Fake News” é uma parceria do site Perfil Brasil com o Facebook. Confira o episódio de setembro!
Ver essa foto no Instagram