IBGE

Censo: Brasil tem 2,4 milhões de endereços sem nome

Mais da metade (57,9%) dos logradouros estão concentrados no Nordeste, com a Bahia liderando o ranking regional, com 293 mil casos

Mais da metade (57,9%) dos endereços sem nome estão concentrados no Nordeste, com a Bahia liderando o ranking regional, com 293 mil casos
Censo: Brasil tem mais de 2 milhões de endereços sem nome – Crédito: Canva Fotos

Dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (14 de junho), revelam um retrato preocupante: 2,4 milhões de endereços em ruas e outras vias públicas do Brasil ainda não possuem nome. Essa realidade impacta diretamente a vida de milhões de pessoas, dificultando o acesso a serviços essenciais, a entrega de correspondências e até mesmo a formulação de políticas públicas.

Publicidade

Nordeste e Sudeste lideram o problema

Mais da metade (57,9%) dos endereços sem nome estão concentrados no Nordeste, com a Bahia liderando o ranking regional, com 293 mil casos. O Sudeste vem em segundo lugar, com 453 mil registros nessa situação. As demais regiões apresentam os seguintes números: Norte (8%), Sul (9,6%) e Centro-Oeste (5,7%).

Publicidade

Impactos vão além da falta de nome nas ruas

As consequências da falta de identificação urbana vão além da dificuldade de encontrar um endereço. Essa situação gera diversos desafios, como:

  • Dificuldade no recebimento de correspondências: Contas, documentos importantes e até mesmo compras online podem não chegar ao destino final, causando transtornos e prejuízos aos cidadãos.
  • Exclusão do planejamento urbano: Sem um endereço formal, os moradores ficam à margem do planejamento de serviços públicos, como coleta de lixo, transporte público e segurança.
  • Dificuldades no acesso a serviços essenciais: Abrir uma conta bancária, solicitar um cartão de crédito ou até mesmo chamar uma ambulância pode se tornar um processo burocrático e demorado para quem reside em um endereço sem nome.
  • Violação da cidadania: O direito de ter um endereço é fundamental para o exercício da cidadania plena. Sem um endereço formal, as pessoas podem ter dificuldades para votar, regularizar documentos e acessar outros direitos básicos.

Enfrentar esse desafio exige um esforço conjunto entre governos federal, estaduais e municipais, além da sociedade civil. As câmaras municipais precisam desburocratizar os processos de aprovação de nomes para ruas e avenidas. Dessa forma, a responsabilidade também respinga nas prefeituras, que devem garantir a atribuição de números aos endereços de forma organizada e padronizada. É fundamental conscientizar a população sobre a importância de ter um endereço formal e cobrar das autoridades a resolução do problema.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.