Espírito Santo

Clarinha: paciente que ficou em coma por 24 anos é enterrada

O corpo de Clarinha esteve no DML da capital desde sua morte em 14 de março, enquanto os exames de compatibilidade foram realizados

O corpo de Clarinha esteve no DML da capital desde sua morte em 14 de março, enquanto os exames de compatibilidade foram realizados
Clarinha foi enterrada após 24 anos em coma e um mês após sua morte – Crédito: Reprodução / Instagram

Nesta terça-feira (14), aconteceu o velório e o enterro de Clarinha, uma paciente não identificada que permaneceu internada em um hospital em Vitória por 24 anos. Os preparativos para o adeus incluem a colaboração de uma funerária que se voluntariou para oferecer seus serviços. O corpo de Clarinha esteve no Departamento Médico Legal (DML) da capital desde sua morte em 14 de março. Ela ficou lá enquanto os exames de compatibilidade foram realizados, mas nenhum parente foi encontrado.

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Devido ao período prolongado desde a morte, o corpo foi congelado, o que afetou sua aparência. A equipe de preparação teve que trabalhar meticulosamente para restaurar a cor natural da pele de Clarinha e posicionar seu corpo adequadamente na urna, considerando as atrofias causadas pela longa internação.

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O velório foi no Cemitério Municipal de Maruípe, no bairro Santa Lúcia, em Vitória, com a presença esperada de funcionários e ex-funcionários do Hospital da Polícia Militar (HPM), onde Clarinha estava internada. Uma coroa de flores foi encomendada em nome do médico aposentado responsável pelos cuidados dela. Durante a cerimônia, uma bênção será feita por um padre voluntário, com a possibilidade de representantes de igrejas evangélicas também comparecerem.

Relembre o caso de Clarinha

Clarinha foi vítima de um atropelamento no Dia dos Namorados, em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória. Ela foi prontamente socorrida por uma ambulância, porém, chegou ao hospital inconsciente e sem identificação. Estima-se que ela teria, hoje, entre 40 e 50 anos de idade.

Além do nome, nunca foram reveladas informações sobre sua idade, residência ou possíveis parentes no Espírito Santo ou em qualquer outro estado. Apesar disso, a equipe médica mantinha a esperança de encontrar familiares ou até mesmo um filho de Clarinha, uma vez que ela apresentava uma cicatriz de cesariana. Infelizmente, a busca foi em vão.

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 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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