O Procon-SP realizou uma consulta com 1.560 consumidores para identificar comportamentos importantes que refletem questões de consumo a serem trabalhadas para melhor cuidado e proteção do meio ambiente. A pesquisa foi feita com consumidores que acessaram o site oficial do órgão de defesa do consumidor entre os dias 15 de abril e 7 de maio.
Nesta quarta-feira, 5 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente, o Procon-SP realizará palestra que abordará as mudanças climáticas sob a perspectiva do consumo.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site https://t.co/cGKwojoDYp pic.twitter.com/o10BUmDMy4
— Procon-SP (@proconspoficial) June 4, 2024
Diante das consequências dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, o tema ganha importância e chama a atenção para uma frente que deve ser considerada em todas as iniciativas de conscientização: o consumidor e as formas de consumo. O levantamento apresentou 19 perguntas envolvendo temas como destinação do lixo doméstico, reciclagem, utilização racional da água e energia elétrica e responsabilidade social.
No que diz respeito à utilização racional da água e energia elétrica, a maioria dos consumidores (80%) informou que nunca deixa a torneira aberta enquanto escova os dentes; 66% responderam que nunca deixam a luz acesa quando saem de um ambiente; 84% usam sempre lâmpadas LED com o objetivo de economizar energia e 59% sempre juntam uma grande quantidade de roupas para passar de uma vez.
No entanto, sobre o tempo gasto debaixo do chuveiro, 51% admitiram que às vezes seu banho passa de dez minutos. Em relação à reutilização da água da máquina de lavar, 36% responderam que sempre o fazem e apenas 28% admitiram nunca reutilizar.
Consumidores se preocupam com reciclagem
Em relação à destinação do lixo, reciclagem e poluição do ar, dentre os consumidores que responderam o questionário, 94% informaram que quando vão à praia sempre se preocupam em jogar o lixo em um recipiente disponível ou, não havendo, afirmam levá-lo para casa. Já 57% disseram que sempre separam o seu lixo doméstico reciclável. Questionados quanto a se informar se a embalagem é reciclável na hora da compra de um produto, apenas 25% declararam que sempre verificam.
Também uma pequena porcentagem (28%) sinalizou que sempre reaproveita ou reutiliza essas embalagens. Esse ponto é bastante sensível porque relaciona diretamente os cidadãos com seus momentos de consumo, contribuindo para a geração de grandes quantidades de resíduos, portanto, merece maior atenção na busca de embalagens ou formatos de venda mais sustentáveis.
Sobre retornar as baterias usadas para o fabricante, 41% dos entrevistados responderam que nunca o fazem, e 30% disseram que algumas vezes tomam essa iniciativa. Este aspecto indica a necessidade de se criar mais pontos de coleta desses itens, ou seja, um amplo sistema de logística reversa.
Com relação à coleta seletiva, 59% dos entrevistados declararam haver na sua rua/bairro, mas uma grande parcela (32%) apontou que não há essa opção, o que também é um fator que dificulta a adoção de políticas de economia circular, tendo como base a reciclagem, por exemplo.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini