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Drones, terceirizados e corrupção: como celulares viraram negócio milionário nas cadeias de MS

Detentos participam de grupos no WhatsApp, articulam crimes e negociam armas por meio de celulares dentro das cadeias da Agepen em MS

cadeias
Materiais apreendidos durante Operação Mute (Foto: Divulgação/Agepen)

Sem bloqueadores de sinal e sem combate efetivo da corrupção entre servidores, as cadeias de Mato Grosso do Sul se tornaram verdadeiros escritórios conectados com o mundo para detentos que comandam organizações criminosas a partir das celas da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária).

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Assim, esquema supostamente organizado em parceria entre presos faccionados e servidores da administração penitenciária corrompidos teriam transformado as ‘telecomunicações ilegais’ um negócio milionário nas cadeias da Agepen.

Para funcionar, o esquema aproveitaria brechas intencionalmente mantidas. Dessa forma, o acesso de empresas terceirizadas, a ‘vista grossa’ para o arremesso de pacotes para dentro dos presídios, a entrada de visitas e até mesmo de servidores que burlam revistas seriam os meios de colocar aparelhos celulares nas penitenciárias de Mato Grosso do Sul.

Não importa o tamanho da prisão, todas estariam comprometidas, mostram inúmeras ocorrências policiais que apontam como mentores intelectuais detentos sob responsabilidade da Agepen. Isso sem falar dos constantes flagrantes de celulares e até explosivos ‘guardados’ pelos bandidos na segurança das cadeias.

Mina de ouro nas cadeias da Agepen

Segundo servidores da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), na cúpula da Agepen muitos embalam o discurso de que ‘se cortar celular, as facções acabam com as cadeias’.

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