EM BAURU

Ela foi baleada, queimada e descartada: a trágica morte da secretária da Apae

Cláudia Regina da Rocha Lobo foi vista pela última vez com vida no dia 6 de agosto, saindo da Apae de Bauru, sem documentos, celular e levando apenas um envelope. A Polícia Civil concluiu que a mulher foi assassinada

Ela foi baleada, queimada e descartada: a trágica morte da secretária da Apae
Imagens captam a última vez que Cláudia Regina da Rocha Lobo, secretária-executiva da Apae, foi vista com vida, em 6 de agosto – Crédito: Reprodução/TV Tem

Ela foi baleada, queimada e depois descartada. A Polícia Civil esclareceu e divulgou, nessa segunda-feira (26), que Cláudia Regina da Rocha Lobo, secretária-executiva da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bauru, interior paulista, foi assassinada.

Publicidade

Queimada durante quatro dias

O portal Metrópoles apurou que o corpo da vítima foi queimado durante quatro dias. Após isso, o funcionário voltou ao local, rastelou o terreno e separou o que encontrou do corpo, reduzido a fragmentos de ossos — descartados em seguida em uma área de mata, a cerca de 20 metros de distância do buraco de onde foram retirados.

O crime, registrado como desaparecimento inicialmente, contou com detalhes macabros e o envolvimento do presidente da entidade, Roberto Franceschetti Filho. Ele segue preso.

Apae de Bauru

Cláudia foi vista pela última vez com vida no dia 6 de agosto, saindo da Apae de Bauru, sem documentos, celular e levando apenas um envelope.

A família da secretária procurou a Polícia Civil, onde informou o desaparecimento da parenta. Ela havia sido vista guiando um carro GM Spin branco e, desde então, ninguém conseguiu mais falar com ela.

Publicidade

No dia seguinte, por volta das 11h, o carro que ela dirigia foi encontrado na Alameda Três Lagoas, no bairro Vila Dutra.

Dentro do veículo, policiais localizaram um estojo deflagrado de pistola, calibre 380, além de manchas de sangue humano no banco traseiro e no carpete, como confirmaram posteriormente laudos periciais.

Fransceschetti afirmou, em seu primeiro depoimento, que Cláudia havia solicitado “adiantamentos de ordem financeira”, com o argumento de que precisava ajudar um familiar preso e com dívidas.

Publicidade

Ele acrescentou que, uma semana antes de “desaparecer”, a secretária teria pedido R$ 40 mil, não entregues a ela, e que esta seria “a quarta ou quinta vez” em que a mulher pedia valores emprestados.

Em diligência, policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru encontraram R$ 10 mil em espécie na casa da filha da vítima.

Desvio de verbas

O presidente e a secretária são investigados pelo suposto desvio de verbas da Apae, principal linha de investigação para a motivação do crime.

Publicidade

Imagens de uma câmera de monitoramento são descobertas pela Polícia Civil. O vídeo, de 14 de agosto, desmente relatos anteriores de Roberto.

Nos registros, Cláudia desembarca do GM Spin e senta-se no banco traseiro do veículo, cujo volante é assumido pelo presidente da Apae.

O carro fica parado por cerca de três minutos, período durante o qual, de acordo com a polícia, a vítima foi assassinada, com o uso de uma pistola calibre 380.

Publicidade

O caso também é investigado, com compartilhamento de provas, pelo Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro, da 1ª Delegacia de Investigações Gerais de Bauru.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.