O corpo da jovem Natália Cobalchini, de 27 anos, foi encontrado na tarde desta segunda-feira (20). Natália estava desaparecida desde o início do mês após as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, em Faria Lemos, na cidade de Bento Gonçalves.
A informação foi confirmada pela irmã de Natália, Marina Cobalchini, de 43 anos. Ela escreveu nas redes sociais que haviam encontrado a jovem: “Deus, eu sempre acreditei que isso seria possível! Obrigada meu pai! Te amamos pra sempre!”
Quem era a jovem desaparecida?
Natália era advogada, especialista em Direito Previdenciário e estava cursando pós-graduação em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Seus pais, Artemio e Ivonete Maria Cobalchini, também faleceram devido às chuvas no estado gaúcho. Eles foram encontrados ainda na segunda semana deste mês, enquanto Natália permanecia desaparecida.
O velório da advogada ocorrerá na Capela São José de Bento Gonçalves a partir das 12h desta terça-feira (21). Após o velório, ela será cremada no Memorial Crematório São José de Caxias do Sul, com uma cerimônia de despedida marcada para as 17h.
Equipe de resgates do RS tem feito força-tarefa
No último domingo (19), a prefeitura de Bento Gonçalves anunciou que continuavam as buscas por desaparecidos no município. “Também teve continuidade o trabalho do Núcleo de Riscos Geológicos, que avalia as áreas que sofreram com deslizamentos”, informou em nota.
Denominada Operação Caminho das Antas, a força-tarefa envolveu cerca de 30 bombeiros, soldados do Exército e cães de resgate. O percurso de 28 km, entre a ponte de Cotiporã e Santa Tereza, foi inspecionado tanto pelo rio quanto por equipes terrestres. As buscas também continuaram nas áreas de Faria Lemos e Imaculada Conceição.
Na tarde de ontem (20), o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi, publicou um vídeo nas redes sociais anunciando que, após dez dias sem encontrar nenhum desaparecido devido às chuvas, as equipes de resgate localizaram mais uma pessoa, que seria a Natália.
“A gente vai poder devolver essa pessoa para sua família, para que consiga ter um enterro digno e dar essa tranquilidade para essa que a gente perdeu e para sua família, que há 20 dias também está numa agonia, numa angústia muito grande”, disse Segabinazzi.
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