Repórteres são agredidos por seguranças e apoiadores de Bolsonaro

Um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho pelo pescoço, com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão”, durante visita de Bolsonaro a áreas alagadas na Bahia

Equipe da TV Bahia, afiliada da Globo, é agredida por seguranças e apoiadores de Bolsonaro
Equipe da TV Bahia é agredida por seguranças e apoiadores de Bolsonaro (Crédito: Andressa Anholete/Getty Images)

Repórteres da TV Bahia, afiliada da Globo, foram agredidos neste domingo (12) em Itamaraju por seguranças e por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a visita dele à região, atingida pelas chuvas no extremo sul baiano.

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A repórter Camila Marinho e o cinegrafista Cleriston Santana aguardavam o pouso do helicóptero do presidente no estádio municipal Juarez Barbosa. Ao descer do helicóptero, o presidente seguiu em direção à lateral do campo de futebol.

Os repórteres da TV Bahia, afiliada da Globo, e da TV Aratu, afiliada do SBT, tentaram se aproximar para entrevistar Bolsonaro, mas a equipe de segurança, que formava uma espécie de “paredão”, agiu para impedir a aproximação das duas equipes.

Um dos seguranças segurou a repórter Camila Marinho pelo pescoço, com a parte interna do antebraço, numa espécie de “mata-leão“. No tumulto, essa imagem não pôde registrada. O presidente avançou e subiu na caçamba de uma caminhonete, ainda dentro do estádio.

Um segurança pessoal tentou impedir que os jornalistas e repórteres erguessem os microfones em direção a Bolsonaro. E, quando os microfones esbarraram nele, disse que os repórteres estavam batendo nas costas dele.

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Se bater de novo vou enfiar a mão na tua cara. Não bata em mim, não batam em mim“, disse.

O secretário de Obras de Itamaraty, Antonio Charbel, que estava com apoiadores do presidente, puxou os microfones. O aparelho da TV Bahia teve a espuma rasgada.

A pochete da repórter Camila Marinho também foi arrancada por outro apoiador e depois recuperada por um repórter.

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A equipe presidencial então seguiu para a sala de comando da operação, dentro de uma escola. As equipes de reportagem não acompanharam para evitar novas confusões.

Os jornalistas da TV Aratu Xico Lopes e Dário Cerqueira também tinham sido agredidos.

Só depois da confusão a assessoria de imprensa da Presidência chamou os repórteres dos dois veículos para dentro do local. Um dos integrantes da segurança pediu desculpas pelo que havia ocorrido do lado de fora.

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Andréia Sadi, jornalista comentou o ocorrido em suas redes sociais:

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