Brent Sikkema

Ex de galerista assassinado no Rio é preso nos EUA; relembre o caso

Suspeito de ser o mandante da morte do ex-marido, Daniel foi preso por fraude de passaporte, mas pode ser liberado mediante a pagamento de fiança

preso
Daniel Sikkem, suspeito de mandar matar o ex-marido – crédito: Reprodução/ Redes sociais

Daniel Sikkema, ex-marido do galerista americano Brent Sikkema, assassinado em janeiro deste ano, foi preso nos Estados Unidos por fraude no passaporte. Segundo o tribunal de Southern District, em Nova York, Daniel foi preso na noite de quarta-feira (20), mas poderá ser libertado ainda nesta quinta-feira (21) sob fiança. Caso isso aconteça, ele deverá usar uma tornozeleira eletrônica.

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Suspeito de ser o mandante da morte do ex-marido, Daniel foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O galerista, que vivia na cidade, foi encontrado morto em janeiro por uma amiga em sua casa, com 18 facadas. Atualmente o suspeito vive nos EUA e estava fora do Brasil no momento do crime.

A princípio, segundo investigações da polícia do Rio, o homem que executou o crime, Alejandro Triana Prevez, matou o galerista norte-americano a mando de seu ex-marido. Prevez, que vivia no Brasil desde 2022, contou aos policiais que Daniel mandou a chave da casa de Brent e criou uma linha de comunicação segura entre eles para trocar informações sobre o crime. O Cubano já havia trabalho na casa do então casal como um “faz-tudo”.

De acordo com informações apuradas pela TV Globo, Alejandro disse à polícia que Daniel prometeu 200 mil dólares (quase R$ 1 milhão, atualmente) para matar Brent. Quando Alejandro foi preso, no Triângulo Mineiro, agentes encontraram cerca de 30 mil dólares com ele. Contudo, Alejandro deve passar a responder por homicídio doloso.

Crise no casamento

Durante o processo de divórcio, Brent retirou Daniel do seu testamento. Até maio de 2022, ele seria o maior beneficiário da herança.

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Segundo a polícia, Daniel é proprietário de dois imóveis comprados por Brent em Cuba, uma mansão e uma cobertura, em Havana, avaliados em US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). Na época da compra, o galerista havia colocado as duas casas no nome do marido, que, posteriormente, passou para o nome de parentes seus.

Alejandro explicou a investigadores que Daniel, ao lhe encomendar o crime, reclamou do valor da pensão paga por Brent e afirmou que o galerista “gastava muito dinheiro com drogas, festas e garotos de programa”.

Ainda segundo o cubano, Daniel também estaria preocupado com o novo relacionamento de Brent, o que poderia prejudicar a divisão dos bens no divórcio.

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Relembre o crime

Brent Sikkema foi encontrado morto com 18 facadas em sua casa no Jardim Botânico no dia 15 de janeiro. Alejandro veio de São Paulo exclusivamente para cometer o crime e passou o dia inteiro de tocaia perto da residência do galerista. Somente na madrugada de 15 de janeiro, Alejandro invadiu a residência do galerista com uma chave mista e saiu 14 minutos depois.

Fotos tiradas por Alejandro na casa mostram que o crime foi tentado um mês antes. A investigação comprovou que ele esteve na casa em 11 de dezembro de 2023, no Jardim Botânico, na Zona Sul da cidade, para tentar cometer o homicídio. Para comprovar a passagem pelo imóvel, ele fez uma selfie na cozinha da casa, sorrindo e fazendo um sinal de positivo.

Brent não falava português, mas, segundo amigos, se sentia acolhido no Brasil e vinha ao país para as festas de fim de ano e Carnaval. Artistas brasileiros que já trabalharam com Brent, como Luiz Zerbini e Vik Muniz, lamentaram sua morte.

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*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

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