Após um período significativo de intensos efeitos climáticos devido ao El Niño, o fenômeno começa a mostrar sinais de enfraquecimento. Desde junho de 2023, o aumento na temperatura das águas do Oceano Pacífico alertava meteorologistas sobre as mudanças iminentes. Agora, com dados consolidados de entidades como o Inmet, Inpe, ANA e Cenad, observa-se uma estabilização nas temperaturas, sinalizando o fim deste ciclo e sugerindo um período de neutralidade climática.
El Niño: Como ele impactou o clima no Brasil?
Durante sua atuação, o El Niño foi responsável por eventos climáticos extremos, como ondas de calor frequentes e secas severas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Simultaneamente, intensificou chuvas em áreas como o Rio Grande do Sul, evidenciando a amplitude de sua influência. Recentemente, relatórios indicam que as temperaturas da superfície do mar retornaram aos valores médios, descaracterizando o El Niño.
O que esperar do clima no Brasil após o El Niño?
Com o fim do El Niño, especialistas como Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, projetam um período mais equilibrado, sem extremos de chuva ou seca. Este cenário favorece a agricultura e a gestão de recursos hídricos em diversas regiões do país, proporcionando um ambiente mais estável e previsível.
O que muda com a chegada do La Niña?
A transição climática aponta para o início de um novo fenômeno inverso, o La Niña, previsto para setembro de 2024. Este fenômeno, conhecido por resfriar as águas do Pacífico, tem impactos significativos no clima global:
- Aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil
- Tempo mais seco e chuvas irregulares no Centro-Sul
- Condições mais favoráveis para a entrada de massas de ar frio
Essa transição sugere que, embora o inverno de 2024 possa começar com dias mais quentes que o habitual, haverá períodos significativos de frio, especialmente em seus estágios finais.
Como será o inverno com a chegada do La Niña?
As expectativas para o inverno deste ano indicam temperaturas acima da média. No entanto, Lucyrio explica que isso não exclui períodos mais frios, que serão mais frequentes do que no ano anterior. “Vai fazer frio sim. Teremos mais dias frios do que no ano passado, mas isso ocorrerá junto a períodos de temperaturas mais elevadas que o normal, que serão mais estendidos,” detalha o meteorologista.
O fim do El Niño e a possível chegada de La Niña marcam uma nova fase no clima global. Este período de transição oferece um alívio das condições extremas, preparando o caminho para um inverno equilibrado, embora ainda sujeito a variações significativas. Manter-se informado sobre essas mudanças é crucial para a preparação adequada e a adaptação às novas condições climáticas.
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