Firjan tem inscrições abertas para Programa ViraVida: Jovens do Futuro

Firjan tem inscrições abertas para Programa ViraVida Jovens do Futuro
(Crédito: Canva Fotos)

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) manterá abertas até o final deste ano as inscrições gratuitas para turmas 2021 do Programa ViraVida: Jovens do Futuro, executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RJ) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RJ). As inscrições são para preenchimento de 200 vagas, voltadas para jovens de 15 a 22 anos, moradores de comunidades de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social em todo território fluminense. 

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O objetivo do programa é desenvolver um processo psicossocioeducativo voltado a jovens em situação de vulnerabilidade social. São atividades que contemplam temas como habilidades socioemocionais, rede de direitos, saúde mental, projeto de vida, educação para o mundo do trabalho, língua portuguesa, matemática aplicada ao cotidiano e empregabilidade. Elas integram educação básica e noções de autogestão, assegurando aos alunos atendimento psicossocial voltado ao resgate de valores e ao fortalecimento de vínculos familiares. Ao término do curso, é realizado um acompanhamento para o mercado de trabalho.

O programa foi dividido este ano em dois módulos de quatro meses cada porque, no ano passado, com uma única turma em oito meses, o programa ficou muito longo e houve muitas desistências, explicou hoje (2) à Agência Brasil o especialista em Projetos Especiais da Firjan Sesi, Celso de Souza Cunha, coordenador do ViraVida. A primeira turma deste ano começou há três semanas, mas ainda há vagas para quem tiver interesse de ser inserido entre os 200 alunos, prevendo-se para o próximo mês de setembro a formação de nova turma com igual número de integrantes. Quem quiser participar pode preencher o formulário .  

Em função da pandemia do novo coronavírus, as atividades estão sendo desenvolvidas em formato online. “Como é trabalho por módulo, isso não interfere na aprendizagem deles”. À medida que são admitidos, os jovens podem começar os módulos, mesmo os que já foram dados. O programa é destinado para adolescentes e jovens de ambos os sexos, entre 15 e 22 anos de idade, moradores de comunidades de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, de todo o estado do Rio de Janeiro.

Democratização

Os módulos ficam expostos em uma página do Facebook do programa. “Só quem tem acesso a ele somos nós, profissionais, e os jovens participantes. Porque a ferramenta é mais democrática, onde qualquer jovem tem possibilidade de acessar. Tendo um celular ou smartphone, onde ele tem wi-fi ou um pacote de dados mínimo, ele pode entrar no Facebook, participar das atividades”. As aulas ficam gravadas e o jovem pode assistir em qualquer horário. Celso de Souza Cunha informou que também é utilizado WhatsApp para fazer rodas de conversa, esclarecer dúvidas, fazer atendimento em roda de terapia comunitária. “É tudo ferramenta bem básica mesmo, para poder atender esses jovens em vulnerabilidade social”.

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O programa completou dez anos. Desde a primeira turma, em 2011, já foram atendidos pelo projeto mais de 720 jovens no estado. A equipe do programa inclui uma psicóloga, uma assistente social, um técnico em empregabilidade, uma pedagoga, uma professora de português e uma de matemática. O programa foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como uma tecnologia social mais completa. Atualmente, o ViraVida está implantado em El Salvador.

Potencialidades

Cunha esclareceu que a primeira coisa que o programa faz é trabalhar os jovens em desenvolvimento humano. “Tem todo um trabalho de autoconhecimento, fortalecimento de vínculos familiares, psicologia social. O técnico em empregabilidade promove oficinas de como construir um currículo, como se comportar em uma entrevista de emprego”. O programa tem parceria com empresas para onde os jovens são encaminhados para participar do processo seletivo para Jovem Aprendiz ou para uma vaga do primeiro emprego. A pedagoga, junto com as professoras, trabalha a importância de que todos os jovens têm de estar na escola. “Ela trabalha nas oficinas a questão de aprender a aprender, a importância de continuar estudando, até para poder entrar no mundo do trabalho, a fazer leitura dinâmica, como se apresentar em público, e monta também um projeto de vida a partir do que o jovem quer ser”, disse o coordenador do programa.

A professora de português, por sua vez, grava vídeos e ensina aos alunos a linguagem que devem usar em entrevistas, mostrando que quando vão escrever um e-mail é uma linguagem, no WhatsApp já é outra. A matemática é a do cotidiano. “Para ficar uma coisa bem diferente da escola, atrativa e significativa. O que acontece com isso? O jovem, quando passa por todos esses profissionais, sai mais fortalecido, porque a gente não trabalha as dificuldades deles, mas as potencialidades, que eles descubram qual o valor, habilidades e competências que, às vezes, estão escondidas”.

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Vulneráveis

Cunha salientou que o público do programa são jovens na faixa etária de 15 a 22 anos que estão cumprindo medidas socioeducativas ou têm alguma deficiência que venha de algum tipo de exploração sexual, violência doméstica e situação econômica muito precária.  “São os vulneráveis mesmo, socialmente. Aí, eles se sentem empoderados para poder depois, quando o técnico em empregabilidade encaminha para um processo seletivo, terem sucesso. Alguns jovens conseguiram passar para universidade pública, porque se sentiram potencializados. Esse é o trabalho que o ViraVida faz e que foi reconhecido pela Unesco”.

A equipe multiprofissional faz esse trabalho total, que ultrapassa o ensino somente de esporte, de música, ou de reforço escolar. “A gente faz essa costura no todo, além do trabalho com a família, por meio de rodas de terapia”. As famílias são engajadas no trabalho para conhecer o potencial que os filhos têm e que elas podem incentivar, internamente, informou Celso de Souza Cunha.

Além da Firjan Senai Sesi, o programa tem como parceiras as Redes de Proteção de Direitos, tais como o Centro de Referência da Assistência Social (Cras), o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Cres), Conselho Tutelar, entre outros.

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(Agência Brasil)

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