Os funcionários do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em São Paulo se unem em greve nesta terça-feira (3). A paralisação deve afetar, ao todo, nove linhas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do Metrô, e 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, e está prevista para durar 24 horas.
A decisão foi tomada em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também vão aderir à greve.
As nove linhas afetadas transportam aproximadamente 4,2 milhões de passageiros por dia. A última paralisação dos metroviários, que aconteceu no dia 23 de março deste ano, gerou mais de 700 quilômetros de congestionamento na capital paulista.
Tarcísio descreveu a mobilização como “uma greve sem pauta, uma greve política“. “Não estou fazendo nada de diferente do que eu ia fazer“, declarou o governador no último sábado (30). A gestão estadual defende a desestatização argumentando que a mudança na administração vai trazer vantagens para a população, com a melhoria dos serviços, antecipação de investimentos e até redução de tarifas.
Os grevistas contra-argumentam citando as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda como exemplo. Desde que foram concedidas para a empresa ViaMobilidade, as duas linhas originalmente da CPTM registraram um aumento considerável no número de falhas e viraram alvo de investigação do Ministério Público.