O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) suspendeu nesta segunda-feira (5) a compra de novos veículos blindados do Exército. O custo seria de 900 milhões de euros (R$ 5 bilhões) aos cofres públicos.
Os chamados “caça-tanques” são veículos blindados de cerca de 30 toneladas com um canhão de longo alcance. O Exército havia decidido pela compra de 98 unidades do modelo, originalmente nomeado Centauro II, da marca Iveco-Oto-Melara, da Itália.
O contrato deveria ser assinado nesta segunda-feira (5) ainda no último mês do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão foi assinada pelo desembargador Wilson Alves de Souza alegando que se trata de “evidente a falta de bom senso” uma compra de blindados para o Exército deste valor enquanto verbas de educação e saúde foram cortadas. No final do mês passado o governo federal bloqueou R$ 5,7 bilhões do orçamento sendo os maiores cortes nos ministérios da Educação e da Saúde.
Souza ainda diz, na decisão, que se trata de uma compra sem qualquer urgência em tempos de paz. “Ao que consta a todos, a única guerra que se está a enfrentar nesse momento é a travada contra a covid-19, que permanece e recrudesce no atual momento – e isso também é fato público e notório -, a exigir mais investimentos em lugar de cortes, exatamente na área da saúde” declara.