O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (11) sua posição contrária ao teto de gastos, que limita as despesas e investimentos públicos do governo federal. A declaração foi publicada em sua conta no Twitter.
“Não vai ter teto de gastos no meu governo. Vamos investir em educação porque é o que dá mais retorno ao país. O que vai resolver a relação dívida/PIB é o crescimento do PIB. Nós deixamos as maiores reservas internacionais da história, o que está salvando esse país agora”, escreveu o candidato à presidência.
Não vai ter teto de gastos no meu governo. Vamos investir em educação porque é o que dá mais retorno ao país. O que vai resolver a relação dívida/PIB é o crescimento do PIB. Nós deixamos as maiores reservas internacionais da história, o que está salvando esse país agora.
— Lula (@LulaOficial) May 11, 2022
Nesta quarta (11), Lula voltou mencionou o teto de gastos ao dizer que o investimento em educação é prioridade em seu eventual mandato. “Eu acho que será um trabalho gigantesco fazer mais do que eu já fiz. Mas só assim vale a pena voltar. Então estou disposto a fazer universidades e investimentos em educação para a gente se aproximar do Chile e da Argentina que tem mais de 30% dos jovens nas universidades”, escreveu.
Para o ex-presidente, é preciso “colocar o pobre no orçamento”, o que beneficiaria também os empresários. “Quando 40 milhões de brasileiros pobres começaram a ter um padrão de consumo da classe média, nossa indústria começou a progredir”, disse.
O empresário só vai oferecer emprego se ele tiver dinheiro. A lição que eu aprendi foi colocar o pobre no orçamento. Quando 40 milhões de brasileiros pobres começaram a ter um padrão de consumo da classe média, nossa indústria começou a progredir.
— Lula (@LulaOficial) May 11, 2022
O que é o teto de gastos?
O teto de gastos foi definido pela Emenda Constitucional nº 95, aprovada pelo Congresso em 2016, durante o governo de Michel Temer (MDB). Essa ferramenta limita o crescimento das despesas do governo por 20 anos aos mesmos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação.