Uma menina de dois anos foi morta depois de ser torturada em Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro de acordo com a Polícia Civil. Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima chegou a ser levada para a Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, mas já estava morta.
Depois de passar pela unidade de atendimento, a médica que fez parte do atendimento da criança chamou a polícia para fazer a denúncia de que o pai levou a criança com “com sinais severos de violência”. O pai, Marcos Vinicius Lino, de 28 anos, e a madrasta Patricia André Ribeiro, de 23 anos, foram presos em flagrante.
Em depoimento na delegacia, o pai negou ter agredido a filha, enquanto a madrasta alegou que os ferimentos da enteada teriam ocorrido após uma queda do sofá.
A delegada Márcia Helena Julião, titular da 43ª DP, atendeu à denúncia e declarou que a criança apresentava 59 lesões pelo corpo incluindo algumas já cicatrizadas e outras recentes. Ela também afirmou que o pai revelou em depoimento que a criança não se alimentava há três dias.
A creche onde Quenia estudava percebeu os ferimentos e chegou a questionar a família que novamente alegou que a criança teria se machucado em uma queda do sofá. A unidade de ensino, no entanto, proibiu que a criança retornasse antes que fosse levada a um médico.
No ano passado, a menina foi atendida na mesma clínica que a recebeu nesta semana, com um corte justificado pela madrasta com a queda de uma louça na cabeça de Quenia.