Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil encontrou o corpo da adolescente Luana Marcelo Alves, de 12 anos, que desapareceu após ir à padaria que fica a 400 metros da casa dela, em Goiânia. Ele estava enterrado na casa do suspeito, que foi preso.
A menina sumiu na manhã do último domingo (27), no setor Madre Germana 2. A diarista Jheiny Hellen, de 31 anos, contou que a filha foi ao estabelecimento com R$ 10. Imagens de câmera de segurança mostraram a menina indo para a padaria. E, em seguida, o vídeo mostra quando ela deixa o comércio com uma sacola na mão. Quando Luana entrou na rua de casa, o circuito de monitoramento não filmou e ela não foi mais vista.
O homem que admitiu o crime foi identificado como o ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos. Ele foi preso temporariamente e o corpo da menina foi achado enterrado no quintal da casa dele, em Goiânia.
Segundo a delegada Caroline Borges Braga, da Polícia Civil, Reidimar também levou Luana para a casa dele, onde tentou estuprá-la. A polícia informou que chegou a constatar que ele tinha marcas de unhada no rosto e nos braços, feitos supostamente pela menina, durante uma tentativa de fugir dele.
“Ele está sendo autuado em flagrante por estupro de vulnerável na forma tentada. Ele disse que tentou abusar dela sexualmente antes de praticar o homicídio, no entanto, nós dependemos de laudos periciais, tanto o exame cadavérico quanto o de prática sexual delituosa”, explicou.
Ainda conforme a delegada, Reidimar relatou que, na noite anterior ao crime, havia consumido álcool e usado cocaína, e por não conseguir dormir, decidiu sair de carro. Foi quando encontrou Luana, na manhã de domingo (27), dia que ela foi considerada desaparecida pela família.
Reidimar ainda confessou aos policiais que matou Luana por enforcamento. Depois da morte, ele contou que usou madeira e isopor para colocar fogo no corpo e enterrou a menina no quintal de casa, usando cimento, o que dificultou até mesmo que os cães farejadores descobrissem o corpo no local.
Caroline informou que o corpo de Luana já foi encaminhado para a perícia, mas ressaltou que o procedimento pode ser prejudicado por causa do estado em que a vítima ficou após ser queimada.
Reidimar segue preso na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em Goiânia. A Polícia Civil informou que, a princípio, o homem deverá responder por estupro de vulnerável tentado, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Somadas, as penas podem passar de 30 anos de prisão, de acordo com a investigadora.
Durante transmissão ao vivo do telejornal da TV Brasil Central, Caroline se emocionou ao falar sobre o caso. A delegada foi questionada pelo repórter sobre os pais da vítima. Ao responder, ela embargou a voz e ficou com os olhos marejados.
“Conversamos hoje, eles (os pais da vítima) foram ouvidos formalmente aqui na delegacia na manhã de hoje. Eu garanti a eles que eu encontraria a filha deles e… Infelizmente, entregamos o corpo e a resposta foi essa”, afirmou a investigadora.
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