prejuízos financeiros

Metade do varejo paulistano sofreu algum impacto climático em 2023

13% dos empresários tiveram que interromper parcialmente suas operações devido a eventos climáticos adversos, como alagamentos, ventanias ou calor excessivo

Uma sondagem da FecomercioSP revelou que pelo menos metade dos negócios de médio e pequeno porte do varejo sofreu algum tipo de climático.
Dados são de pesquisa da FecomercioSP – Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Uma sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revelou que, nos últimos 12 meses, pelo menos metade dos negócios de médio e pequeno porte do varejo na capital paulista (51%) sofreu algum tipo de impacto climático. Segundo os dados, 38% desses impactos foram leves, como atrasos no fornecimento de produtos devido a problemas logísticos. Além disso, 13% dos empresários tiveram que interromper parcialmente suas operações devido a eventos climáticos adversos, como alagamentos, ventanias ou calor excessivo, e 35% enfrentaram prejuízos financeiros, com 10% relatando perdas significativas.

Publicidade

“São números que sugerem, de certa forma, como uma parcela significativa das empresas ainda não reúne condições de enfrentar os desafios ambientais, os quais tendem a se agravar em um futuro próximo. Muitos desses negócios, vale lembrar, se localizam em áreas mais sujeitas a impactos climáticos, como próximos a rios ou situados em pontos da cidade já conhecidos por alagamentos”, diz a FecomercioSP.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, a pesquisa indica que 69,5% das empresas ainda não implementaram nenhuma medida para reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera, nem definiram metas de redução para o futuro. As demais adotam algum tipo de ação, embora 15% não tenham objetivos pré-determinados.

“Isso acontece porque ainda há dificuldades de avaliar o retorno dos investimentos em ações relacionadas a efeitos climáticos, tanto no curto como no longo prazo. Esses negócios apenas espelham um desafio mais estrutural das economias globais”, analisa a entidade.

A entidade também aponta a falta de linhas de crédito especiais para investimentos em tecnologia de redução de emissões, como painéis solares, bem como a ausência de programas e políticas públicas para incentivar que pequenas e médias empresas desenvolvam um planejamento ambiental adequado ao seu modelo de negócio.

Publicidade

“Apesar disso, o número de empreendimentos com alguma medida em operação é relevante, pois sugere que já exista um certo movimento consolidado de tornar o ambiente empresarial mais sustentável”, ressalta a FecomercioSP.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.