Ninguém foi preso

Ministra cria gabinete de crise após assassinato de indígenas

Vítimas eram pataxós e foram mortos a tiros na BR-101, no extremo sul da Bahia, na noite de terça-feira (17).

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Sônia Guajajara (Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, criou um gabinete de crise para acompanhar o assassinato de dois indígenas da etnia Pataxó que ocorreu nesta terça-feira (17) no extremo sul da Bahia.

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De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e Nawir Brito de Jesus, 17 anos, foram alvo de tiros na tarde de terça em Itabela. Na região, está localizada a Terra Indígena Barra Velha, local de intensos conflitos com fazendeiros.

Logo após a notícia do assassinato, Sônia disse que solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública o envio da Força Nacional para o local.

A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, também pediu providências para proteção dos indígenas da região.

A Polícia Civil da Bahia informou que reforçou as equipes que trabalham nas investigações. Policiais estão na busca de testemunhas e imagens que possam ajudar na identificação dos autores do assassinato.

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ENTENDA O CASO

Dois indígenas pataxós foram mortos a tiros na BR-101, em trecho da cidade de Itabela, no extremo sul da Bahia, na noite de terça-feira (17). O crime aconteceu quando as vítimas se deslocavam do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas pelo grupo indígena. A ocupação faz parte do processo de retomada de terras feito pelos povos Pataxós da região extremo sul. Ninguém foi preso.

Samuel e Nawir eram primos e estavam a caminho de uma fazenda ocupada pelos Pataxós quando foram baleados. Segundo testemunhas, os disparos foram feitos por homens em uma motocicleta e as vítimas foram atingidas nas costas.

O caso é investigado pela Delegacia Territorial (DT) de Itabela, região onde os indígenas foram mortos.

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