Pastor envolvido nos esquemas do MEC frequentou bastante o Planalto, mesmo sem ter nenhum cargo na pasta. A informação foi divulgada pelo Gabinete de Segurança Institucional um dia após o próprio GSI negar o acesso do jornal ‘O Globo’ aos registros de entrada no Planalto. A mudança de ideia, segundo o governo, aconteceu após uma “manifestação da Controladoria-Geral da União quanto à necessidade de atender o interesse público”, como está dito no portal de notícias G1.
#LAI: O acesso à informação pública é dever do Estado e direito constitucional de todo cidadão
O cidadão bem informado tem melhores condições de conhecer e acessar outros direitos essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais.https://t.co/0xLqyx2tGH pic.twitter.com/tjbZNQgHDf
— Controladoria-Geral da União (CGU) (@CGUonline) April 13, 2022
Os relatórios mostram 27 acessos do pastor Arilton Moura a diferentes salas do Planalto como Casa Civil, Secretaria de Governo, gabinete do vice-presidente Hamilton Mourão e gabinete de quem cuida da agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro. Os registros são datados desde 2019, quando o pastor passou pelo Planalto uma vez. Em 2020, duas. Cinco em 2021 e mais duas em 2022.
No relatório fornecido pela GSI ao G1, constam mais dez visitas do outro pastor envolvido no escândalo: Gilmar dos Santos.
Os pastores são acusados de gerenciar um “balcão de negócios” dentro do MEC, envolvido com a liberação de verbas para educação em diversas cidades do país. As denúncias são feitas por prefeitos dessas cidades.
O escândalo do MEC ganha mais um capítulo, e as apurações estão longe de terminar. Em cenas passadas desta história vimos a exoneração do ex-Ministro da Educação, Milton Ribeiro, e também fotos de Jair Bolsonaro com os pastores, bem como visitas do presidente a igrejas das quais os pastores fazem parte.