em Porto Alegre

Polícia investiga caso de racismo contra o cantor Seu Jorge

Cantor foi agredido no final do show, enquanto a plateia pedia por bis.

Polícia investiga caso de racismo contra o cantor Seu Jorge
Cantor não prestou queixa na polícia sobre o caso. (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando o caso de discriminação e racismo contra o cantor Seu Jorge na última sexta-feira (14) em Porto Alegre. O músico foi vítima dos ataques enquanto se apresentava no clube Grêmio Náutico União.

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Segundo testemunhas, pessoas no clube imitaram sons de macaco enquanto Seu Jorge descia do palco, outros depoimentos relatam gritos de “negro vagabundo” e “safado”.

Em nota, o clube lamenta o ocorrido e afirma que irá punir os membros que forem identificados como autores dos ataques. “O Grêmio Náutico União está apurando internamente os fatos ocorridos em evento realizado no dia 14 de outubro, durante apresentação do cantor Seu Jorge. Se for comprovada a prática de ato racista, os envolvidos serão responsabilizados. Afirmamos que o União, seguindo seu Estatuto e compromisso com associados e sociedade, repudia qualquer tipo de discriminação”, diz a nota da empresa.

A investigação policial está sendo conduzida por meio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV). Até o momento, os investigadores da DPCI contam apenas com o vídeo em que parte da plateia aparece chamando o cantor de macaco.

No decorrer da semana, a Polícia Civil pretende ouvir testemunhas. Apesar de Seu Jorge, a vítima dos ataques, não ter denunciado o caso ou aberto algum boletim de ocorrência, o crime de racismo dispõe de uma coletividade indeterminada, ou seja, independe de representação da vítima para ser investigado e punido.

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