Há um ano e três meses, a vida do tatuador Leandro Coelho Marques se tornou uma “peleja sem fim”, como ele relata ao Jornal Midiamax. Ele perdeu a visão após a ex-namorada jogar ácido em seu rosto, em Campo Grande, e agora tenta algum benefício social ou emprego.
Sem conseguir trabalhar ou então solicitar benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ou Bolsa Família, o tatuador já vendeu quase todos os móveis e eletrodomésticos que tinha em casa na tentativa de conseguir dinheiro que custeie o básico, como medicação, alimentação e contas de água e energia.
“Estou sobrevivendo. Moro sozinho, faço tudo sozinho. Às vezes meu sobrinho vem aqui, me ajuda com algumas coisas, mas depois ele precisa ir embora. Está muito difícil, eu não tenho quase nada na minha casa mais. Já fiquei dias sem comer e às vezes faço apenas uma refeição por dia”, explica.
Benefícios negados
Leandro conta que, logo após deixar o hospital, acionou o INSS. No entanto, sua solicitação foi reprovada por alegarem que o caso dele “não se tratava de uma deficiência”.
Agora, após acionar o Instituto novamente, ele aguarda uma nova resposta. “Esta é a segunda vez que aciono o INSS e estou aguardando uma resposta, mas é difícil conseguir um retornou. Já tem mais de um ano que estou nessas condições e nada”, lamenta.
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