primeira no estado de SP

Usina de dessalinização pode combater escassez de água

Professor da USP explica benefícios do modelo; baixo custo e boa qualidade da água são algumas vantagens

dessalinização
Usina de dessalinização em Ras Al Khaimah, Emirados Árabes Unidos. A construção de uma usina desse tipo é a solução para locais que não comportam um reservatório – Créditos: Reprodução

Você conhece o processo que transforma água salgada em potável? Chamado de dessalinização, esse procedimento será implementado em uma usina no Litoral Norte, atendendo 8 mil pessoas em 19 ilhas na região de Ilhabela. O intuito do empreendimento é resolver a escassez de água nas cidades costeiras paulistas durante a alta temporada turística. É crucial ter água potável disponível para atender ao aumento populacional em certos períodos do ano.

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José Carlos Mierzwa, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica Ambiental da Escola Politécnica da USP e especialista em tratamento de água e tecnologia de separação por membranas, afirma que a dessalinização é uma solução antiga e eficaz para a oferta de água na região. Em entrevista ao Governo de SP, ele explicou como funciona o processo.

A proposta de construir uma usina de dessalinização em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, surge como solução para áreas sem capacidade para reservatórios. O professor da USP detalha o processo de conversão da água marinha em água doce e potável, mencionando que a primeira instalação de dessalinização do Brasil foi em Fernando de Noronha, uma ilha que também sofria com a falta de água. O tema tem sido debatido e pesquisado no país desde os anos 70.

Esta será a primeira usina de dessalinização em São Paulo, representando uma possível resposta à crise hídrica enfrentada nos grandes centros urbanos. Em termos de custos, a tecnologia de engenharia empregada tornou-se mais acessível. A questão relevante é: qual o custo de não ter água?

A Organização das Nações Unidas (ONU), estima que até 2050 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas. Já em 2025, a escassez absoluta de água tende a atingir cerca de 2 bilhões de habitantes do planeta. Apesar do recurso natural ser encontrado em abundância, apenas 2,5% do volume total do líquido é doce.

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