No panorama das rodovias brasileiras, um novo modelo de pedágio tem ganho destaque nos últimos anos: o pedágio free flow. Implantado pela primeira vez pela concessionária CCR RioSP, este sistema tem como objetivo principal melhorar a fluidez do tráfego e reduzir emissões de carbono. Com funcionamento já comum em países da Europa e América do Norte, a tecnologia promete revolucionar a experiência dos motoristas nas estradas brasileiras.
Implementação e Funcionamento
O conceito do pedágio free flow é relativamente simples: eliminar a necessidade de paradas em praças de pedágio. Para isso, ele identifica os veículos por meio de sensores que leem as placas ou, alternativamente, utilizam TAGs eletrônicas—dispositivos já populares no Brasil como o ‘Sem Parar’ e ‘Connect Car’. Recentemente, o Ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou medidas para expandir o uso desse sistema em nível nacional, substituindo gradualmente os métodos tradicionais pela tecnologia sem cancela.
Sistema de Cobrança e Metodologia
A cobrança no sistema free flow é dinâmica. Motoristas que utilizam TAGs recebem o valor direto na fatura do seu respectivo serviço, beneficiando-se de um desconto progressivo que pode chegar até 70%, conforme a frequência de uso. Para aqueles sem TAG, a taxa deve ser paga através de plataformas digitais disponibilizadas pelas concessionárias, como websites e aplicativos, em um período máximo de 15 dias após a passagem. A falta de pagamento no prazo estipulado pode resultar em penalidades previstas pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Custos e Novas Propostas Tarifárias
Com o início das operações em 2023, as tarifas para carros de passeio eram inicialmente fixadas em R$ 4,10. Contudo, ajustes já foram implementados, com valores atuais de R$ 4,70 durante a semana e R$ 7,90 nos finais de semana. Paralelamente, o governo estuda uma alteração na estrutura tarifária, introduzindo uma cobrança proporcional à quilometragem percorrida. Isso significa que, em vez de pagar um valor fixo por toda a extensão da rodovia, o motorista pagaria taxas específicas por trechos definidos.
Perspectivas Futuras
A introdução do pedágio free flow promete uma série de benefícios, mas também enfrenta desafios burocráticos e estruturais para sua implementação em escala nacional. A proposta ainda está sob análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com decisões futuras aguardadas para delinear o caminho do sistema de pedágio no Brasil. Enquanto isso, concessionárias e órgãos governamentais trabalham em conjunto para ajustar a tecnologia às especificidades do trânsito brasileiro.
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