Rússia diz que vai parar de atirar para retirada de civis

As tentativas anteriores de retirada de civis falharam.

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(Crédito: Getty Images)

O governo da Rússia anunciou nesta terça-feira (8) um novo cessar-fogo para que civis sejam retirados via corredores humanitários já pré-estabelecidos. O exército russo vai parar de atirar às 10h no horário de Moscou (4h em Brasília) nas cinco rotas, segundo a rede britânica Sky News, que citou a agência russa TASS. 

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As informações sobre os corredores de Kiev, Chernihiv, Sumy, Kharkiv e Mariupol foram enviadas ao governo ucraniano. 

As tentativas anteriores de retirada de civis falharam. O governo da Ucrânia acusou a Rússia de fazer disparos na rota que indicou para retirada de civis em Mariupol, onde residentes estão sem aquecimento, água ou comida há dias.  

Segundo a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, a situação de Mariupol é “catastrófica”. 

“O inimigo lançou um ataque exatamente no corredor humanitário”, disse o Ministério da Defesa ucraniano, acrescentando que as tropas russas “não deixaram crianças, mulheres e idosos saírem da cidade”, segundo a Sky News.

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Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país. 

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles. 

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Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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