O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez uma visita não agendada a Kiev, capital da Ucrânia, para reunir-se com o presidente Volodymyr Zelensky. Durante o encontro, o norte-americano reforçou o apoio no combate contra a invasão russa e afirmou que parte de um pacote de ajuda aprovado estava chegando.
“Sabemos que este é um momento desafiador. Mas também sabemos que, a curto prazo, a assistência já está a caminho, parte dela já chegou e mais dela chegará”, disse Blinken, completando que sabe “a diferença” que o auxílio fará.
Recentemente, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de US$ 61 bilhões (cerca de R$ 313 bilhões) para abastecimento às tropas ucranianas contra a invasão de Vladimir Putin, iniciada em fevereiro de 2022. O combate chega em um momento crítico, pois a Rússia iniciou uma nova ofensiva na região de Kharkiv, nordeste da Ucrânia. O exército de Zelensky vem enfrentando escassez de recursos, dificultando o embate e permitindo a conquista de territórios do país por parte russa.
Segundo uma autoridade americana que viajava com o secretário, a viagem também serviu para “enviar um forte sinal de tranquilidade aos ucranianos que, obviamente, estão em um momento muito difícil”.
De prontidão, Washington enviou US$ 1,4 bilhão de ajuda militar a Kiev, na forma de sistemas antiaéreos Patriot e NASAMS, considerados por Zelensky os métodos mais críticos de defesa. “Realmente precisamos hoje de dois Patriots para Kharkiv, para a região de Kharkiv, porque lá as pessoas estão sendo atacadas. Civis, guerreiros, todo mundo está sendo atacado pelos mísseis russos”, afirmou o presidente ucraniano.
As I told President @ZelenskyyUA, the U.S. has been by Ukraine’s side from day one, and we will stay by your side. pic.twitter.com/NbQx5IqPOw
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) May 14, 2024
Ataque da Ucrânia provocou invasão a Kharkiv
Uma sequência de mísseis atingiu um prédio residencial na região de Belgorod, na Rússia, e matou sete pessoas, deixando mais 17 feridos. Segundo autoridades russas, os projéteis são da era soviética e foram lançados pela Ucrânia.
Com isso, a tensão na região de Kharkiv, segunda cidade mais populosa da Ucrânia, aumentou, fazendo com que as tropas russas apertassem a frente do nordeste ucraniano.