Incursão Militar

Zelensky afirma que Ucrânia pretende criar zona desmilitarizada em Kursk

Segundo Zelensky, a incursão militar visa “destruir o máximo possível do potencial de guerra russo” e “conduzir ações contraofensivas”

Segundo Zelensky, a incursão militar visa "destruir o máximo possível do potencial de guerra russo" e "conduzir ações contraofensivas"
Segundo Zelensky, a incursão militar visa “destruir o máximo possível do potencial de guerra russo” e “conduzir ações contraofensivas” – Crédito: Alexey Furman / Getty Images

A incursão militar da Ucrânia na região de Kursk, Rússia, é uma estratégia para estabelecer uma “zona desmilitarizada” e prevenir ataques transfronteiriços vindos das forças de Moscou, anunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no domingo passado, dia 18 de fevereiro de 2024. Durante esta operação, as tropas ucranianas destruíram uma segunda ponte na região fronteiriça, intensificando os combates.

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As forças ucranianas têm avançado cautelosamente em direção a Kursk, quase duas semanas após o início desta operação militar surpresa. Entretanto, a Ucrânia também enfrenta pressão constante no leste ocupado, onde os russos continuam sua ofensiva em direção a um centro militar chave. A operação em Kursk tem múltiplos objetivos, incluindo o aumento do moral ucraniano e o esgotamento dos recursos russos.

Segundo Zelensky, a incursão militar visa “destruir o máximo possível do potencial de guerra russo” e “conduzir o máximo de ações contraofensivas“. Isso inclui “a criação de uma zona neutra no território do agressor“. Durante seu pronunciamento, Zelensky ressaltou a importância de qualquer ação que cause perdas ao exército russo, ao Estado russo e a sua economia.

Como a Ucrânia está avançando em Kursk?

A posição ucraniana em Kursk continua a se fortalecer, conforme indicado por Zelensky. Kiev alega controlar aproximadamente 1.000 km² do território russo, e ambas as nações têm pedido aos residentes que evacuem as áreas de combate. No último domingo, forças ucranianas explodiram outra ponte sobre o rio Seym, como parte dos esforços para interromper as rotas de abastecimento de Moscou.

De acordo com o comandante da Força Aérea Ucraniana, tenente-general Mykola Oleshchuk, “a aviação continua a privar o inimigo de capacidades logísticas com ataques aéreos de precisão“. A destruição da primeira ponte no rio Seym havia ocorrido dois dias antes.

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Quais são as consequências para os moradores locais?

Os moradores da área afetada foram avisados para não retornarem devido à complexidade da situação operacional. A chefe do distrito de Korenevsky, Marina Degtyareva, destacou que retornar agora é impossível e pode resultar em tragédias. Ela pediu paciência aos cidadãos e que deixem os militares lidarem com a situação.

A evacuação de civis se intensificou, especialmente da cidade de Pokrovsk, na região de Donetsk, onde os russos avançam. Mais de 1.800 pessoas foram deslocadas na última semana, com autoridades militares ucranianas trabalhando para fortalecer defesas locais.

Impacto da iniciativa de Zelensky

Apesar dos avanços em Kursk, as forças russas continuam a pressionar no leste da Ucrânia, especialmente em Donetsk. Zelensky afirmou que as unidades ucranianas estão fazendo o possível para manter as posições. Nos últimos combates, a Rússia utilizou mais de 40 mísseis e 750 bombas aéreas guiadas contra cidades e vilarejos ucranianos.

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O general Oleksandr Syrskyi, chefe do exército ucraniano, ressaltou a necessidade de apoio contínuo dos parceiros ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e França, para a entrega de suprimentos necessários.

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